segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Jesus é a Rosa de Saron? em qual Bíblia?


Jesus é a Rosa de Saron? em qual Bíblia?


Infelizmente vivemos numa geração analfabeta de Bíblia. Os crentes querem sentir, não pensar. Querem sentir arrepios e não estudarem a Bíblia com dedicação. Tudo o que é falado em nome de Deus, estas pessoas aceitam.




Muito se tem falado no meio evangélico a respeito da famosa “Rosa de Saron”. Em quase toda igreja tem um conjunto ou um grupo denominado “Rosa de Saron”. Na maioria das vezes tem em mente que a Rosa de Saron seja uma referência a pessoa de Jesus. Pregadores no êxtase da mensagem dizem: Jesus é a Rosa-a-a-a- de Saron, aleluia!



Portanto, estamos diante da pergunta intrigante: “Quem é a Rosa de Saron”?



Antes de respondermos a questão acima, se faz necessário exortar a todos os leitores da Bíblia, que devemos ler a Bíblia com a máxima atenção, analisando os pontos, as vírgulas etc. Não podemos ler a Bíblia como se tivéssemos lendo um jornal, uma revista ou um periódico. Na verdade a falta de leitura com atenção, é a causa da difusão de tantas “doutrinas” perniciosas no seio da igreja. Se os membros das igrejas se dedicassem mais à leitura do texto sagrado, com certeza, não seriam tão facilmente enganados e nem participariam de “estórias” chamadas bíblicas.



No capítulo 2 de Cantares de Salomão, basta um simples exame do livro, usando a versão ARA (Almeida Revista e Atualizada) para dissipar de uma vez por todas esta suposta contradição. Nesta versão encontramos um título que indica quem está falando; ora a esposa, ora o esposo, ora as filhas de Jerusalém. No texto de Cantares 2.1, encontramos em cima da fala o nome: “esposa” e ela diz:



“Eu sou a rosa de Saron” no hebraico: Ani Havatselet há Sharon



Se ainda pairasse dúvida quanto à afirmação ser do amado ou da amada, o texto original decide a questão quando se observa que as terminações das palavras são as do feminino. A letra Tav no final da palavra indica feminino.



Saron – o local onde brota o Havatselet

Não podemos falar do havatselet sem falar de Saron, a planície onde ela nasce, floresce e fenece. A palavra “Saron” no hebraico é “Sharon” que significa: plano, planície.



Sharon é assim denominada a área fértil e úmida da região. A planície costeira de Israel é chamada de Sharon. Os sábios judeus comparam os justos às rosas do vale, que são as mais belas de sua espécie. Elas mantêm o frescor dos vales úmidos. Enquanto isso, os “reshaim” (perversos) são semelhantes às rosas das montanhas, que pouco duram porque secam sob a inclemência da natureza, esvoaçando depois como o vento faz o debulho.



A rosa requer bastante claridade, o que ela obtém nas planícies do Sharon. Os largos espaços são ideais para que sua fragrância se espalhe.



O gado de Davi pastava em Sharon, sob o comando de Sitrai, o saronita (1 Cr 27.29).



As características do Havatselet e sua aplicação



A sua cor era vermelho-vinho: A igreja entende o sacrifício de Jesus e reconhece que foi pelo sangue do Cordeiro que ela foi salva



Suas flores eram perfumadas: O viajante podia sentir a fragrância de muito longe, ou seja, cada cristão deve ser o bom perfume de Cristo, o bom cheiro do Evangelho



Tinha 6 pétalas: A igreja por mais abençoada que seja, sabe que é formada por homens. O número 6 na Bíblia é o numero do homem.



Nele e por Ele, Pr Marcelo Oliveira que colabora com Estudos Bíblicos no Gospel Prime



Bibliografia: Wasserman, Adolpho. Cântico dos Cânticos. Ed. Maayanot

segunda-feira, 26 de julho de 2010

EXTRA EXTRA A GRANDE TRIBULAÇÃO ... Como será a grande tribulação?

Como será a grande tribulação?




Após o arrebatamento da Igreja terá início um período de grande sofrimento, angústia, dor, desespero e perseguição sem paralelo em toda a história da humanidade. Esse período corresponde à septuagésima semana de Daniel, ou seja, à última das setenta semanas preditas em Daniel 9.24-27. As forças do mal estarão operando em toda a Terra. Por outro lado, é o período em que Deus derramará seus juízos. O Senhor Jesus assim descreveu esses dias vindouros:



"Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais" (Mt 24.21).





A Grande Tribulação (Ap 7.14) é identificada no Antigo Testamento como: "o dia do SENHOR" (Sf 1.14-18; Zc 14.1-4); "tempo de angústia de Jacó" (Jr 30.7); "a grande angústia" (Dn 12.1); "a ira” (Is 26.20); "o dia da vingança" (Is 63.1-4); "o dia da ira de nosso Deus" (Sl 110.5). No Novo Testamento, como: "grande aflição" (Mt 24.21); "a hora da tribulação" (Ap 3.10); "grande tribulação" (Ap 7.14).





Anticristo

Quem é:

Anticristo significa "opositor de Cristo, "contra Cristo". Também chamado de "a besta que subiu do mar" (Ap 13.1); "filho da perdição, homem do pecado" (2 Ts 2.3-4); "a besta escarlate" (Ap 17.3); "a besta" (Ap 17.8,16); "o homem violento" (Is 16.4); "o príncipe que há de vir" (Dn 9.26); "o rei do Norte" (Dn 11.40); "o angustiador" (Is 51/13); "o iníquo" (2 Ts 2.8); "o mentiroso" (1 Jo 2.22); "o enganador" (2 Jo v7); "um rei feroz de cara" (Dn 8.23); "a ponta pequena" (Dn 7.8). O Anticristo será um homem como outro qualquer, nascido de mulher, porém a serviço de Satanás.



Predição:



"Ninguém de maneira alguma vos engane, pois isto não acontecerá sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição" (2 Ts 2.3,4,8; Dn 8.23; 9.26; 1 Jo 2.18; Ap 13.1-8).





Quando e como surgirá:

A presença da Igreja na Terra e a conseqüente ação do Espírito Santo têm impedido, nos dias de hoje, a plena manifestação do Anticristo (2 Ts 2.6-7). Todavia, após o arrebatamento da Igreja, e diminuída a influência do Espírito - tudo de conformidade com o plano de Deus -, a raça humana descerá a um nível de depravação jamais visto: desprezo aos valores éticos e morais; violência sem limites; liberdade e perversão sexual; ocultismo; falta de amor. Ademais, o desaparecimento repentino de milhões de crentes, em face do arrebatamento, causará grande perplexidade e temor. Haverá uma desorganização geral em todos os níveis da atividade humana, além de gigantescos desastres e muitas mortes. Exemplos: muitas aeronaves ficarão sem comando porque seus comandantes foram arrebatados em pleno vôo; muitos acidentes aéreos, porque os controladores de vôo desaparecerão; engarrafamentos, batidas e mortes nas estradas e nos grandes centros urbanos, porque muitos veículos ficarão repentinamente desgovernados; milhares de empresas comerciais e industriais, pequenas e grandes lojas ficarão com um número reduzido de empregados; grande desfalque também de servidores nas repartições públicas; os serviços públicos, tais como bombeiros, limpeza e comunicações serão afetados. Por outro lado, inúmeros imóveis residenciais, igrejas e lojas ficarão abandonados; presos fugirão dos presídios e os saques se multiplicarão. Os governantes não terão meios de colocar as coisas em ordem. Ninguém será capaz de explicar a causa do repentino desaparecimento de parentes e amigos. Caos total. Convulsão social. É nesse contexto que surgirá um homem muito inteligente, com respostas inteligentes e prometendo soluções práticas para todos os problemas. Esse homem é o Anticristo. Convém dizer que a iniqüidade vem crescendo assustadoramente em todo o mundo. A imaginação do homem é pródiga em descobrir novas fórmulas de se tornar mais indigno, mais impuro, imoral, cruel e depravado.



"E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira, e para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade" (2 Ts 2.11-12).





Mas essa rebeldia ainda não chegou no limite de Deus. Ninguém sabe qual seja esse limite. Sabe-se, todavia, que o fim virá. O castigo virá no tempo de Deus, tal qual ocorreu nos tempos de Noé e de Sodoma e Gomorra.



Suas atividades:

A manifestação do Anticristo na Terra durará sete anos, e suas atividades nesse período estão divididas em duas fases como a seguir:





PRIMEIRA FASE

No início do período de sete anos, o Anticristo, sob a máscara de um político inteligente e poderoso, fará uma aliança com Israel por sete anos - e, por extensão, com as demais nações -, em que prometerá prosperidade, segurança e paz, tendo em vista a situação caótica mundial: "Ele confirmará uma aliança com muitos por uma semana..." (Dn 9.27-a). De fato, o mundo experimentará boa recuperação na metade dos sete anos. Fome, guerras, peste e violência parecem solucionados diante da dinâmica atuação desse "salvador" da pátria, a quem muitos passam a admirar. Certamente ele dirá que os crentes foram seqüestrados por naves espaciais; que esse negócio de salvação através do sangue de Jesus é mentira; que a alma salva-se a si mesma; que todos são iguais a Deus, etc. Aliás, a mesma mentira que hoje é ensinada pelo movimento Nova Era e por tantas seitas diabólicas.





SEGUNDA FASE

Todavia, havendo transcorrido metade do tempo previsto no acordo, ou seja, passados três anos e meio de aparente paz, prosperidade e segurança, aquele político deixará cair a máscara e mostrará sua face e seus objetivos malignos: romperá a aliança com Israel; assumirá a posição de governante mundial com autoridade sobre todas as nações; anunciará ser ele o próprio Deus; profanará o templo em Jerusalém e ali colocará uma imagem sua para ser adorada; proibirá a adoração ao Deus dos cristãos; perseguirá de forma sistemática e cruel seus opositores; perseguirá por 42 meses os fiéis a Cristo; fará grandes milagres e maravilhas em razão do seu poder satânico, e, com isto, ganhará muitos admiradores. Verifiquemos como a Bíblia relata essa fase:



"Ele confirmará uma aliança com muitos por uma semana [sete anos], mas na metade da semana [três anos e meio, 42 meses ou 1.260 dias] fará cessar o sacrifício e a oferta de cereais" (Dn 9.27).





O Anticristo só admitirá culto de louvor e adoração a ele próprio.



"E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei...” (Dn 7.25).





Por exemplo, não mais haverá liberdade religiosa.



"Este rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus, e falará coisas espantosas contra o Deus dos deuses, e será próspero, até que a ira se complete, porque aquilo que está determinado será feito. Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem terá respeito pelo desejado das mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá. Agirá contra os castelos fortes com o auxílio de um deus estranho, e aos que o reconhecerem multiplicará a honra, e os fará reinar sobre muitos, e repartirá a terra a preço" (Dn 11.36-39).





Não medirá esforços para agradar aos que lhe derem apoio, mas perseguirá com crueldade os seus opositores.



"Ele se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de culto, de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. A vinda desse iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios de mentira" (2 Ts 2.4,9).



O Diabo não tem feito outra coisa senão mentir e enganar. As operações cirúrgicas através de médiuns; as práticas esotéricas e de ocultismo em que as pessoas acreditam mais num cristal, numa pedra, numa água, num despacho, do que no Deus Todo-poderoso são uma prova de que o diabo consegue enganar muita gente e levá-las à perdição.



"... E deu-se-lhe autoridade para continuar por quarenta e dois meses... também foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los. E deu-se-lhe poder sobre toda tribo, língua e nação. E todos os que habitam sobre a terra a adorarão [a besta], esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo" (Ap 13.5,7,8).



Um "falso profeta" - denominado a "outra besta" - virá prepará o caminho do Anticristo;



"fará grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens", e serão mortos os que não adorarem a imagem da besta" (Ap 13.11-14).



Muitos seguirão a besta porque não saberão distinguir o real do verdadeiro. Uma pessoa que faça cair fogo do céu será reconhecida como um deus. Hoje, por muito menos, pessoas são idolatradas.

O que lemos acima não chega a ser uma descrição detalhada do caráter e objetivos do Anticristo, a cruel e sanguinária besta. Ele será muito pior. Vejam que Apocalipse 13.5 fala em 42 meses, ou 1.260 dias, ou três anos e meio, exatamente o tempo de Daniel 9.27 ("metade da semana"). Este período de três anos e meio será o mais negro e turbulento de toda a história da raça humana. As mudanças que têm ocorrido no âmbito mundial dão-nos a convicção de que aos poucos as peças do quebra-cabeça encaixam-se. Para a instalação de um forte governo único, mundial, igual ao futuro governo do Anticristo, faz-se necessário:



Uma só moeda:

Já temos a implantação de uma moeda comum na Comunidade Européia, o euro, que substituirá as moedas de onze países. A mesma idéia parece prevalecer para os países integrantes do Mercosul, na América Latina; há, também, uma tendência de dolarização da economia em países em crise. A unificação dos sistemas financeiros - uma só moeda, um controle único - é uma tendência mundial como resultado da criação de mercados comuns.



Uma só economia, um só mercado:

A globalização já é uma realidade. Comunidade Européia e Mercosul, p. exemplo, são acordos com objetivos comerciais que ampliam e tornam o processo de globalização irreversível. Na data em que escrevemos estas linhas (29.6.99) a União Européia (países da Europa) e o Mercosul (países da América Latina) discutem os passos para implantação do livre comércio entre essas nações. A Europa se fortalece - é hoje o Bloco Econômico mais poderoso do Planeta - e isso tem um objetivo maior: quebrar a supremacia econômica, e bélica, dos Estados Unidos.



Força militar única:

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), subscrita em 4.4.1949, é uma aliança militar "projetada para prevenir ou repelir agressões contra qualquer de seus membros". A OTAN é, portanto, um poderoso exército formado a partir de acordos com as nações mais ricas da terra; possui um só comando e enorme capacidade de destruição. Logo, a idéia de uma força militar única, comandada por um só homem, não é coisa de outro mundo. Uma única moeda, uma só economia e uma força militar única são mudanças que apontam em direção de um único governante, um ditador mundial, carismático, inteligente, capaz de impressionar com seu discurso e de comandar um poderoso exército. Segundo escreveu Antônio Gilberto, uma das conclusões a que chegou o Clube de Roma - fundado em 1968 e integrado por "personalidades de gabarito reconhecidamente mundial, na política, nas ciências e na educação" -, "é a de que a humanidade necessita urgentemente de um governo único e centralizado para resolver seus problemas e suprir suas necessidades". Este homem que surgirá no cenário mundial será o "feroz de cara", o Anticristo. O mundo se prepara para recebê-lo.


Autor: Pr Airton Evangelista da Costa

Igreja Batista realiza casamento lésbico e fiel decide processar denominação para reaver dízimos doados


Para Yvonne Moore, quando sua congregação batista do Sul realizou uma “cerimônia de compromisso” lésbico, não foi só algo contra a Bíblia — foi uma traição pessoal.



A traição levou a idosa negra, que havia frequentado a Igreja Batista da Aliança em Washington D.C. durante 37 anos, a processar para que suas doações semanais fossem devolvidas — doações avaliadas em aproximadamente 250 mil dólares.



“Fiquei transtornada — eu dou para a igreja dez centavos de cada dólar. Eu pago dízimos, e eles não respeitaram os membros o suficiente para nos escutar”, disse Moore numa entrevista da CNN publicada na quinta-feira. “Não acredito nessas coisas. Sou uma batista do Sul. A Bíblia fala contra o homossexualismo — não se pode levar isso para dentro da igreja”, disse ela.



Moore diz que frequentou o evento não acreditando que ocorreria em sua igreja, e achou a cerimônia “totalmente repugnante”.



Evidentemente, Moore não é o único membro transtornado com a mudança: a reportagem da CNN menciona brevemente que a congregação perdeu metade de suas famílias por causa do descalabro. Os pastores Christine e Dennis Wiley, porém, foram obstinados em sua decisão de celebrar a união da dupla lésbica.



“Não dá para você simplesmente ler uma Bíblia e pensar que de certa maneira você não dominou a palavra de Deus”, disse Dennis Wiley.



Mais tarde Moore desistiu do processo, embora tenha dito que não voltará mais àquela igreja.



Num encontro anual neste mês, os líderes americanos dos batistas do Sul aprovaram resoluções se opondo à normalização da homossexualidade nas forças armadas e no ambiente de trabalho.



O Distrito de Colúmbia [onde fica a capital dos EUA] começou a disponibilizar licenças de casamento para duplas de mesmo sexo em março, juntando-se a cinco estados que revogaram a definição legal de casamento entre um homem e uma mulher.



Fonte: Notícias Pró-Família / Gospel+

Traduzido de LifeSiteNews por Julio Severo

quarta-feira, 14 de julho de 2010



                            O Ministério Profético na Bíblia

Objetivo: Explicitar a função precípua da profecia bíblica: levar o ser humano a amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, a fim de que haja ordem e bem-estar social.


INTRODUÇÃO

Na lição de hoje, estudaremos a respeito das funções sociais e políticas da profecia. Conforme veremos nesta aula, esses foram temas recorrentes na profecia bíblica. A princípio, definiremos política e sociedade, em seguida, o papel político e social do profeta no Antigo Testamento, e, ao final, o papel político-social da igreja nos dias atuais.



1. O CONTEXTO POLÍTICO E SOCIAL


A palavra política vem do latim politicus e do grego politikus e ambas significam “aquele que reside numa cidade”. A cidade, conforme depreendemos dos estudos no livro do Gênesis, é uma invenção humana, uma tentativa de se organizar e viver por si próprio, sem depender de Deus. Em Gn. 4, Caim, após assassinar seu irmão Abel, fundou a primeira cidade (v. 17). Nesse livro bíblico, a cidade geralmente é um espaço urbano, propício à violência e ao individualismo. Por causa dessa realidade, Deus trouxe o dilúvio sobre a humanidade (Gn. 9). Devido à pecaminosidade humana, a cidade, e por sua vez, a política se tornou necessária com vistas à igualdade social. Mas não podemos esquecer que a sociedade também se encontra em condição de queda. A construção da Torre de Babel, no capítulo 11 de Gênesis, revela a situação da sociedade sem Deus. O resultado da política humana na sociedade se dá através de um processo de confusão, ainda que essa seja necessária, na verdade, uma providência divina para que o homem não chegue às alturas. As políticas publicas aspiram, no contexto social, tomar decisões com vistas ao bem da sociedade. Essa pretensão, porém, é afetada pela Queda humana. Os governantes nem sempre agem para o bem do povo, em alguns casos, acontece justamente o contrário. A política, ao invés de trazer justiça social, gera enriquecimento ilícito (corrupção), a construção e adoração do deus Mamon, a difusão da depravação humana, a cultura da morte ao invés da vida, entre outras misérias. Abrimos um parêntese para reconhecer que a Palavra de Deus, necessariamente, não é contra a cidade, haja vista a descida da Cidade Celestial, cujo Rei é o Senhor Jesus (Ap. 21.1-4).



2. A FUNÇÃO SOCIAL E POLÍTICA DO PROFETA


Os profetas do Antigo Testamento viveram debaixo dessa condição de queda governamental. Por isso, quando lemos os relatos dos reis de Israel e Judá, vemos uma alternância de governantes que andavam nos caminhos do Senhor e outros que seguiam o seu próprio caminho. Os sacerdotes, que eram os líderes religiosos, ao invés de observarem os preceitos de Deus, faziam conchavos com os reis, a fim de obterem algum benefício próprio da parte deles. Diante dessa política humana da barganha, Deus levantava seus profetas a fim de confrontarem essas práticas vergonhosas. Os profetas, naquele contexto, como aconteceram com Nata e Gade (II Sm. 7.17; 24.18,19) assumiram a condição de conselheiros dos governantes para que esses não se desviassem da Palavra do Senhor. Mas nem sempre os profetas tiveram prestígio diante dos governantes, o mais comum era que eles fossem rechaçados, e, no caso de Isaias, serrado ao meio (Hb. 11.37). Jeremias, o profeta das lágrimas, passou por situações extremamente adversas em seu ministério porque se opôs aos líderes de Judá que teimavam em seguir seus próprios caminhos, ao invés de seguirem os caminhos do Senhor (Jr. 1.15; 5.15; 6.22; 10.22; 25.9). A denúncia de Jeremias contra o pecado do povo de Judá não se restringia à moralidade, à idolatria, mas também às injustiças sociais (Jr. 7.5-7; 22.3,4). Ao invés de darem ouvidos a Jeremias, os líderes da nação judaica preferiram buscar os conselhos dos seus próprios profetas, que falavam aquilo que eles gostavam de ouvir (II Cr. 36.12,15,16), tais como o falso profeta Hananias (Jr. 28.11).



3. A QUESTÃO SOCIAL E O PAPEL DA IGREJA


O Deus da Bíblia sempre manifestou preocupação com os problemas sociais. No Antigo Testamento, em Ex. 21.2; Dt. 15.1-18, estão escritas algumas determinações sobre a escravatura. Deus limitou o tempo máximo da escravatura entre os hebreus para 6 anos, mas esse mandamento não era observado nos tempos do profeta Jeremias, esse é entre outros motivos para o Senhor demonstrar sua indignação com os judeus (Jr. 34.8-11). As injustiças sociais também foram denunciadas pelo Senhor, através dos seus profetas: Miquéias (Mq. 6.8), Ezequiel (34.2-4, 20-25), Amós (5.21-24). Mas essa não é particularidade dos profetas do Antigo Testamento, no Novo Testamento encontramos várias passagens bíblicas que revelam a insatisfação do Senhor em relação às injustiças sociais: os fariseus que julgavam as pessoas pelos seus pecados morais, mas não atentavam para os pecados sociais (Mt. 23.1-12); o próprio Jesus demarcou a necessidade do comprometimento social da igreja (Mt. 25.31-46) e se mostrou restritivo em relação à salvação dos ricos, haja vista o amor que eles têm pelo dinheiro (Mc. 10.17-27). Tiago, em sua epístola, traz recomendações diretas à igreja sobre os cuidados com os problemas sociais (Tg. 1.27; 2.14-17). Isso porque a igreja, seguindo o modelo de Jesus e dos apóstolos, vê o ser humano em sua integralidade: corpo, alma e espírito (I Ts. 5.23).



CONCLUSÃO

A igreja do Senhor não pode esquecer que Deus ama a justiça (Is. 61.8) e recomenda que a essa deva ser perseguida (Dt. 16.19,20) em favor dos necessitados (Sl. 83.3). Diante de tais advertências, cabe a igreja, nesses dias cruciais, assumir uma postura profética em relação à política e a sociedade. A agenda evangélica não deva privilegiar apenas o aborto, o homossexualismo e a eutanásia (entre outros temas corriqueiros), mas também a injustiça social e a corrupção política. Para tanto, faz-se necessário que a igreja permaneça em sua condição profética, sem fazer conchavos com políticos, em especial com aqueles que carregam uma ficha suja.

Amados irmãos, A Paz do Senhor Jesus. Nesta lição vamos estudar as funções sociais e políticas da profecia. Para início, o profeta desempenhava uma função muito importante no cenário político e religioso de Israel. O governo nos tempos dos de Moisés, era Teocrático, a forma de governo centrado nas leis de Deus, e exercido por sacerdotes, que também muitas vezes eram Profetas e sacerdotes que faziam as funções, políticas e sociais entre o povo. Em seguida foi o período dos juízes, que também tinham a função social e política, de julgar o povo, aconselhando-os e Deus dava livramento ao povo pelos Juízes, e o primeiro deles foi Otniel irmão mais novo de Calebe, o ministério profético estava presente nesse período, vemos a profetiza Débora, que também era juiz, fazendo a parte política, julgando e a parte social, aconselhando o povo. Agora o cenário político de Israel ia se definindo, em seguida, o povo pede um Rei, que tinha a função de governar o povo de Deus, tendo como missão, aconselhar e guiar o povo. Bom assim estava completa a divisão política de Israel: Rei, Sacerdote e Profeta.




I – O papel político e social da profecia nas escrituras.



1. O profeta e o povo.

O povo precisava de um líder, a quem seguir, pois é uma primícia básica do homem, seguir alguém ou alguma coisa, como o povo estava iniciando, e devido seus sofrimentos, no Egito, nas mãos de seus inimigos, Deus levanta o profeta, para ser o canal de comunicação entre Ele e o povo, com essa função política e social o profeta era muito respeitado, isso fica claro quando lemos em Dt 34. 10-12, até o dia de hoje Moisés é tico como um dos maiores profetas que Israel já teve.



2. O profeta e o rei.

O rei para governar, tinha ao seu lado fazendo parte dos seus conselheiros, homens entendidos em toda ciência, cheios de conhecimento, sabedoria. Dn 1.3-4

Quando o assunto era guerra, chamava o general, para aconselhar, e escolher a melhor estratégia. Entre os conselheiros do Rei estava o Profeta, que tinha a função mais importante do reino, quando o Rei era temente a Deus, no caso de Davi, II Sm 7.17; 24.18,19. Sempre que o profeta era consultado, pelo rei para ver o que o Senhor tinha para seu povo e este lhe dava ouvidos, Deus abençoava, e o rei podia conduzir o povo na direção certa, com isso a função do profeta também era social. Mas nem sempre foi assim.

3. O profeta marginalizado

No período dos reis de Israel e Judá, os profetas de Deus ficaram fora dos círculos reais, com exceção de Isaías (39.3). Com a decadência espiritual dos monarcas de Israel, os profetas desenvolveram seu ministério distante do círculo central. Com isso os reis passaram a perseguir os profetas e marginalizá-los, observamos isso no ministério de Elias, quando Acabe perseguia o servo do Senhor, essa perseguição e marginalização, acontecia por conflitos de interesses, entre o rei e a vontade de Deus. Quero fazer uma observação a respeito de nossos dias, a palavra de Deus tem caído em descrédito, justamente por causa de interesses pessoais, de obreiros que querem, apenas o status da posição, alimentam-se da gordura das ovelhas, querem ter o poder aos seus pés, a sua visão está nesta terra. Deus tem levantados homens e mulheres, cheios do Espírito Santo, falando como verdadeiros profetas, mas o apego as coisas mundanas tem segado nossos pastores. Aos amados irmãos que Deus pela sua misericórdia e amor, tem usado em profecia, fale o que Deus mandar, não acrescente nem diminua, pois ainda tem obreiros e pastores tementes a Deus e com certeza eles ouvirão a voz do Senhor.



II – O Profeta é enviado ao rei.



1. O princípio do fim do reino de Judá.

O fim do reino de Judá, teve início quando Zedequias, mesmo depois de jurar lealdade e obediência aos babilônicos, rebelou-se contra o rei dos caldeus no oitavo ano de seu reinado (2 Rs 24.8-17).

Mesmo já estando Judá sob o domínio babilônico, tal postura ocasionou a destituição do rei Joaquim (que é o mesmo Zedequias, pois Nabucodonozor mudou seu nome de Joaquim para Zedequias) em 598 a.C.



2. Profecia dirigida ao rei.



O exército dos caldeus, liderando as demais tropas dos povos conquistados, estava à volta de Jerusalém esperando o assédio final.

Jeremias já vinha anunciando durante décadas o trágico fim do reinado de Judá (1.15; 5.15; 6.22; 10.22; 25.9). Mais uma vez, a pessoa do profeta aparece trazendo uma mensagem importante para o rei e para todo o povo, que mesmo com a destruição iminente, se o povo se arrependesse, Deus os livraria. Mas o rei, juntamente com seus príncipes e a maioria do povo, não deram ouvidos ao profeta Jeremias, nem aos demais profetas. Agora Deus fala mais uma vez através do profeta Jeremias ao rei, que a cidade será entregue nas mãos do rei da Babilônia, o qual a queimará.



3. O destino do rei Zedequias é anunciado



Quando não damos ouvidos a palavra de Deus, nosso destino é trágico, se quisesse ter paz, o povo deveria se submeter ao rei da Babilônia, pois Jeremias afirma em sua mensagem que o cativeiro haveria de durar 70 anos (25.11-14; 29.4-10). A mensagem de Jeremias ao rei Zedequias, era que este seria entregue nas mãos do rei de babilônia.

Infelizmente os profetas contemporâneo de Jeremias, eram politicamente corretos, levando o povo a acreditar mais no falso profeta Hananias, que incitava o povo a se levantar contra o rei da Babilônia, do que em Jeremias que era tido como um espião, um traidor.

O compromisso do profeta de Deus, é com o povo de Deus, mesmo que isso venha a contrariar a vontade do rei e do povo. E o compromisso do pastor e do povo é buscar e seguir a vontade de Deus, pois só essa fará com que possamos chegar às mansões celestiais. O pastor que ignora a direção e orientação da palavra de Deus, deixa de se colocar como instrumento de Paz e harmonia entre os irmãos, causando até discórdia, com suas atitudes arbitrárias.

III – A Questão de ordem social.



1. A liberdade dos escravos Hebreus.



A atitude de Zedequias em libertar os escravos, como manobra política, talvez aconselhado por algum profeta conhecedor das leis Hebraicas, tem um cunho interesseiro, e meramente político. Com essa atitude aparentemente correta, pois era ordem de Deus, segundo (Ex 21.2), o rei pensava em livramento da parte de Deus. Porém, o momento era de entregar-se aos caldeus, conforme Deus falara através do profeta Jeremias. Hoje infelizmente, acontece a mesma coisa, “pastores” usando a palavra de Deus fora de contexto, apenas com interesses os mais diversos possíveis, menos o de fazer o correto.

A palavra liberta, mas o mal uso da mesma, trás escravidão, infelizmente dentro da igreja há muitos presos, escravos de homens escrupulosos, que só pregam as rosas e esquecem de pregarem os espinhos, o arrependimento, a santificação e com isso geram uma falsa liberdade na mente dos ouvintes.



2. A alforria dos escravos é cancelada.



Quero transcrever o que o comentarista diz pois é muito interessante.



O profeta Jeremias anunciou que o rei do Egito retornaria a sua terra e o cerco da cidade santa pelos caldeus recomeçaria (Jr 37.5-8 – Convém salientar que os capítulos do livro de Jeremias não estão em ordem cronológica). Entretanto, os fatos de faraó ter vindo em socorro de seu aliado em Judá, o cerco de Jerusalém ter sido suspenso e os caldeus se retirado, fizeram com que o rei Zedequias e os seus príncipes não acreditassem no profeta de Deus. Assim, pensando estarem salvos do perigo, revogaram a lei da libertação dos escravos (v.11). O pecado maior deles consistiu em desfazer um concerto religioso feito em nome de Deus e no templo: “[...] e tínheis feito diante de mim um concerto, na casa que se chama pelo meu nome” (v. 15). Cabe-nos uma reflexão a respeito deste episódio.



Quando fazemos um pacto com o Senhor Jamais devemos voltar a trás, esse pacto pode ser em servi-lo o resto de nossas vidas, é um voto que fazemos, é uma promessa. Prezado irmão se fizeste um pacto com o senhor, cumpra, se foi um voto e não cumpriste até agora, cumpra e Deus mudará seu cativeiro.



3. A Indignação divina



De Deus ninguém zomba, com Deus ninguém brinca, a atitude de Zedequias em revogar um concerto religioso feito em nome de Deus, deixou o Senhor indignado. Em vez dos babilônios, foi o próprio Deus quem liberou a espada para a destruição de Judá. A reação divina contra a atitude indigna e vergonhosa de Zedequias, de seus príncipes e dos grandes de Judá, tinha a sua razão de ser. Os últimos versículos do capítulo 34, descreve o duro juízo do Senhor sobre o rei, seus príncipes e todo o povo de Israel.



Observação:



Nestes últimos dias, onde a igreja caminha cada vez mais para a apostasia, será que não é fruto dos pactos quebrados pelo povo, principalmente pela liderança, que deveriam dar o exemplo? Temos sofrido na terra por “crentes” não honrarem o compromisso com Deus, de falar, viver a verdade. Deus tem cobrado de Seu povo, santidade, amor uns para com os outros.

Pastores, líderes, acordem, voltem ao primeiro amor, igreja do Senhor Jesus, busquemos a paz e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Creio que nestes últimos dias da igreja na terra, Deus está indignado com muitos que se dizem “crentes”. Voltemos ao primeiro amor, guardemos os concertos e estatutos do Senhor, porque Ele é misericordioso para perdoar nossos pecados.



Conclusão:



Os profetas, viveram e morreram anunciando a palavra de Deus, sua vida foi para combater a desigualdade social no meio do povo de Deus, não foi em vão, pois muitos deram ouvidos, mas aqueles que não deram ouvidos dizendo:

Inútil é servir a Deus; que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos? (Ml 3.14) Esses pereceram, “Então aqueles que temeram ao SENHOR falaram freqüentemente um ao outro; e o SENHOR atentou e ouviu; e um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o SENHOR, e para os que se lembraram do seu nome”.

“E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos; naquele dia serão para mim jóias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve”. Prezados irmãos lutemos em favor do povo de Deus, desenvolvamos trabalhos na igreja, voltados para o bem social do nosso povo, então com certeza veremos a diferença entre o que serve e o que não serve.

O templo é aonde nos reunimos, as famílias devem ir ao templo felizes, satisfeitas, pois é ali que adoramos ao Senhor, louvamos o seu Santo nome, revemos os amados irmãos, o salmista tinha razão quando disse: “alegrei-me quando mim disseram vamos à casa do Senhor”. E mais, “uma coisa peço ao Senhor, que eu possa morar em sua casa todos os dias da minha vida” Um grande abraço em Cristo Jesus e uma boa aula.

A Lição 3 deste trimestre destaca a atividade profética e suas implicações políticas e sociais. Como o título já sugere, os profetas não estavam alienados das grandes questões de sua época. Esse tipo de posicionamento nos remete a seguinte pergunta: Em sua função profética, os pregadores, ensinadores e a Igreja nos dias atuais estão cumprindo o seu papel, denunciando o pecado e declarando a vontade de Deus para uma sociedade onde a injustiça, a violência, a exploração, a fome, a corrupção e outros males prevalecem?




PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO (Extraídos da Lição Bíblica-CPAD)



-Explicar o papel político e social da profecia.

-Conhecer a relação do profeta com a questão de ordem social da nação.

-Conscientizar-se de que a Igreja tem o mesmo princípio profético de denunciar as injustiças, amparando os injustiçados.



2. CONTEÚDO



Texto Bíblico: Jr 34.8-11, 16, 16



O QUE É POLÍTICA



Quando o assunto é política, a primeira coisa que vem na mente de muitos crentes são as questões pertinentes às eleições, candidatos, governos, câmaras, assembleias legislativas, senado etc. Acontece que política é algo bem mais amplo que isso, embora essas coisas estejam inclusas.



Conforme a Wikipédia:



Política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa). Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.



A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado chamadas “polis”, nome do qual se derivaram palavras como “politiké” (política em geral) e “politikós” (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim “politicus” e chegaram às línguas européias modernas através do francês “politique” que, em 1265 já era definida nesse idioma como “ciência do governo dos Estados”.



O termo política é derivado do grego antigo ???????? (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.



Como se pode observar, o cristão e a Igreja não podem viver desassociados, indiferentes e alienados às questões políticas, pois é num ambiente político onde nascemos, crescemos, estudamos, trabalhamos, casamos, convivemos etc.



O QUE É JUSTIÇA SOCIAL?



A justiça social busca o bem comum, através de ações que visão suprimir toda forma de injustiça na vida em sociedade.



Conforme a Wikipédia:



O termo justiça (do latim iustitia, por via semi-erudita), de maneira simples, diz respeito à igualdade de todos os cidadão. É o principio básico de um acordo que objetiva manter a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal (constitucionalidade das leis) ou na sua aplicação a casos específicos (litígio).

Sua ordem máxima, representada em Roma por uma estátua, com olhos vendados, visa seus valores máximos onde “todos são iguais perante a lei” e “todos têm iguais garantias legais”, ou ainda, “todos têm iguais direitos”. A justiça deve buscar a igualdade entre os cidadãos.



Para a Igreja, a lei maior e os princípios para a aplicação da verdadeira justiça se encontram na Bíblia Sagrada, que é a Palavra de Deus.



Sobre justiça social:



Parece ter sido o filósofo social neo-escolástico Luiz Taparelli, falecido em 1862, quem pela primeira vez usou a expressão justiça social e que foi adotada pela Igreja. [...] A expressão hoje é do domínio público, mas sua definição depende da concepção político-econômica de cada autor. Há tanta dificuldade em defini-la quanta existe para definir o bem comum, que é o elemento fundamental de qualquer doutrina de justiça social. A noção econômica de justiça social é a mais difundida: justa distribuição da renda ou riqueza, de acordo com as necessidades e a capacidade das pessoas; aumento do nível de renda das massas; diluição progressiva das diferenças de classe; fazer com que um número cada vez maior de pessoas participe da propriedade dos meios de produção e do consumo de bens. Questão totalmente diferente, é saber qual o melhor regime político para atingir a justiça social: pode haver mais justiça social em regimes de força do que em democracias desorganizadas ou puramente formais. (Fonte: UJE Brasil)



Diante das definições ou conceitos acima, entendemos como cristãos que somos, que o melhor regime político para atingir a justiça social é aquele que aplica os fundamento norteadores da Palavra de Deus. Dessa forma, os poderes legislativo, judiciário e executivo das sociedades deveriam ter como fundamentos para a criação de leis, para as decisões judiciais e para um governo realmente justo, os princípios das Sagradas Escrituras.



PROFETAS, PROFECIA, POLÍTICA E JUSTIÇA SOCIAL



Como já coloquei na introdução, percebe-se claramente nas Escrituras que a função profética nunca esteve alienada das questões de ordem social, que buscam o entendimento e a aplicação da justiça, visando o bem maior para cada indivíduo numa sociedade e para esta sociedade como um todo.



Os profetas e as profecias não se limitam a falar sobre “as coisas do céu” ou sobre o futuro glorioso de povo de Deus. Eles estão comprometidos com o bem do povo de Deus e da humanidade aqui e agora.



O profeta de Deus é também porta-voz de uma mensagem que anuncia, denuncia e alerta diante de situações presentes e conhecidas. Ele tem a mente iluminada por Deus, que lhe possibilita uma tomada de consciência, um forte senso de justiça e o conhecimento dos grandes dilemas do seu povo e do seu tempo. Ele é alguém com quem Deus pode contar e usar para proclamar a sua mensagem.



O profeta de Deus tem consciência que a sua vocação, comissão, sustento, segurança, autoridade e mensagem provém do Senhor. Ele não está livre de temores, mas buscará superar a si mesmo, suas limitações, paixões e fraquezas, confiando e contando com a ajuda de quem o separou desde o ventre de sua mãe (Jr 1.5; Sl 139.16; Gl 1.15).



MONARQUIA EM ISRAEL, PROFETAS E PROFECIAS



Com o advento da monarquia em Israel, a atividade e a mensagem profética com fins políticos e de justiça social foi algo bastante evidente.



No campo político, a confiança dos governantes no Poder temporal em substituição ao Senhor, fez com que as práticas abaixo fossem abertamente e contundentemente denunciadas e combatidas pelos profetas:



- A difusão da idolatria cultual por conveniência política;

- O casamento de reis com mulheres ímpias e idólatras, também por conveniência política;

- As guerras injustas;

- A divinização do rei (ungido intocável e absoluto) e manutenção a todo custo do “status quo” político, ou seja, de deixar as coisas como estão;

- O culto ou confiança no poderio militar

- O culto ou confiança aos grandes impérios, como os quais Israel fez alianças políticas



As questões acima estiveram presentes, por exemplo, na mensagem de Oséias (7.8,11; 12.1-2) e de Isaías (30.1-2; 31.1).



Sobre as questões econômicas e sociais que promoviam a injustiça social, foram denunciadas e combatidas as seguintes práticas:



- A substituição do Senhor pelas riquezas

- A ganância

- O suborno recebido pelo juiz

- A exploração dos trabalhadores para a manutenção do luxo no palácio, do rei e da corte

- A concentração de riquezas nas mãos de poucos

- O empobrecimento da maioria da população

- A administração fraudulenta

- A impunidade

- A violência

- A opressão



Contra estas coisas foram levantados e falaram claramente, por exemplo, Amós (8.4-6), Isaías (1.15, 21-31; 3.16-17), Miquéias (2.1-2), Jeremias (34.8-11, 16, 17).



IGREJA, POLÍTICA E JUSTIÇA SOCIAL



Em sua função profética, como pastores, pregadores, ensinadores e a Igreja estão se posicionando diante dos dilemas sociais de nossa época? Tenho algumas considerações, muitas delas já conhecidas de meus leitores e tratadas em outras postagens neste blog.



Penso que algumas questões graves contribuem para que pastores, pregadores, ensinadores, líderes cristãos em geral e algumas igrejas silenciem diante das injustiças sociais em nossos dias.



Muitos profetas e a atividade profética da igreja está comprometida nos dia atuais por diversas questões, onde cito aqui algumas delas:



- Com a institucionalização da igreja, dentro da própria igreja observamos a prática da injustiça, quando algumas lideranças exploram os dízimos dos pobres (dos ricos também) para manter o seu luxo palaciano. Há líderes que deixam de investir no socorro aos necessitados, na educação e na evangelização para que sobre dinheiro para a compra de carros e apartamentos, apartamentos, mansões, fazendas, aviões etc. Outros investem timidamente nestas obras, para tentar passar uma falsa imagem ou mascarar a realidade. Volto a repetir que um líder deve viver dignamente, mas não deve destoar absurdamente da realidade social e econômica de sua comunidade cristã. Não sou apologista da mendicância, nem da ostentação luxuosa desnecessária e extremamente vaidosa;



- Pastores, pregadores, ensinadores e outras lideranças fazem a cada eleição alianças com candidatos e políticos corruptos, ladrões, devassos e arrogantes. Se vendem e negociam o voto da igreja em troca de favores como terrenos, comissões, cargos para familiares, parentes e amigos, ajuda para realização de festividades ou obras. Nestas questões, há uma verdadeira promiscuidade em nossos dias. Ao fazerem tais alianças, este líderes ou igrejas perdem a sua autoridade profética, visto que tal autoridade está associada à nossa integridade moral e princípios;



- Algumas de nossas organizações (escolas, universidades, faculdades, convenções estaduais, regionais e nacionais de igrejas e ministros, etc.) deixaram de ser relevantes, existindo atualmente para basicamente servir para distribuição de cargos, ser fonte de vantagens financeiras, privilégios, roubos, extorsões, esquemas, fraudes, corrupções, promotoras de brigas, facções, dissensões e de escândalos internos e externos, locais, regionais e nacionais. Os que tem acesso às provas desta realidade se omitem, geralmente, por terem sidos ou por serem beneficiados de alguma forma pela situação.



Dessa forma, pode-se entender o silêncio profético de muitos para com as questões políticas e sociais de nossa época.



Não dá para confrontar Acabe (os líderes políticos de fora e os líderes “políticos” e religiosos de dentro) quando se compactua do seu pecado, ou quando se teme perder o emprego, o salário, algum cargo ou função alcançada, ou ainda a perda de oportunidades, convites ou agendas. Tal postura é covarde e mercenária. Precisamos seguir o exemplo de Micaías (1 Rs 22.13-14).



Não dá para denunciar o “pecado de Herodes” (Mt 14.3-12) quando se senta na mesa com “Herodes” para negociar ou buscar favores ilícitos ou imorais. É interessante lembrar que nem sempre legalidade é sinônimo de moralidade.



Apesar do momento crítico, o ministério profético na Igreja voltado para as questões políticas e sociais não será extinto. Tenho viajado por este Brasil e conhecido muitas lideranças e instituições sérias, honestas e ainda comprometidas com o bem comum, com a justiça social e com os princípios e prioridades do Reino de Deus.



Sempre haverá um profeta (ou profetas) no campo, nos grandes centros urbanos e nos palácios prontos para serem convocados, capacitados e usados pelo Senhor.



Ele pode contar com você?



3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO



Fale aos alunos sobre as grandes questões políticas e sociais de nossa época, fazendo um paralelo com as questões e ministério profético nos tempos bíblicos, para depois discutir a atividade profética e o discurso profético em nossos dias associados a esses temas.



4. RECURSOS DIDÁTICOS



TV, vídeo, computador, quadro, mapa, cartolina, pincel ou giz, etc.



5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS



- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.



- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.



- Conheça Melhor o Antigo Testamento, VIDA.

- A Voz Necessária: encontro com os profetas do século VIII a.C., Paulus.



PARTE 2



Fui abordado ontem, após o término da Santa Ceia no Templo Central da AD em Abreu e Lima-PE, pelo pastor João Barbosa, que me informou de um possível erro no comentário da Lição 3 da CPAD deste trimestre. Ao chegar em casa fui conferir, e realmente confirmei o equívoco.



Em minhas investigações, acabei por encontrar uma dificuldade bíblica, que sobre ela comentarei na sequência deste post.



O PROBLEMA NO COMENTÁRIO DA LIÇÃO



No segundo ponto da lição, intitulado “O PROFETA É ENVIADO AO REI”, lemos:



“Como vimos na leitura bíblica, embora tenha jurado lealdade e obediência aos babilônicos (2 Cr 36.11-14) e, por isso, reinado onze anos em Jerusalém, o rei Joaquim (que teve o seu nome mudado pelo rei da babilônia, o qual passou a chamá-lo de Zedequias) rebelou0se contra o rei dos caldeus no oitavo ano de seu reinado (2 Rs 24.8-17). Mesmo já estando Judá sob o domíno babilônio, tal postura ocasionou a destituição do rei Joaquim por Nabucodonosor em 598 a.C., que mandou levá-lo para a capital do Império e colocou seu tio, Matanias em seu lugar.”



O problema está no fato de que não foi Joaquim que teve o nome mudado pelo rei da Babilônia, mas sim Matanias, o seu tio e sucessor, que passou a ser chamado de Zedequias:



“E o rei de Babilônia estabeleceu rei, em lugar de Joaquim, ao tio deste, Matanias, e lhe mudou o nome {para} Zedequias.” (2 Rs 24. 17, ARC)



“O rei da Babilônia estabeleceu rei, em lugar de Joaquim, ao tio paterno deste, Matanias, de quem mudou o nome para Zedequias.” (2 Rs 24.17, ARA)



“Fez Matanias, tio de Joaquim, reinar em seu lugar, e mudou seu nome para Zedequias.” (2 Rs 24.17, NVI)



“Nabucodonosor colocou Matanias, o tio de Joaquim, como rei de Judá e mudou o nome dele para Zedequias.” (2 Rs 24.17, NTLH)



Fica claro então, que quem teve o nome mudado para Zedequias foi Matanias, e não Joaquim. A mudança de nome tinha como uma das principais funções a demonstração de poder do rei conquistador sobre o rei conquistado.



A DIFICULDADE BÍBLICA



Quando comparamos a narrativa dos fatos de 2 Rs 24.17 com 2 Crônicas 36.9-10, vamos observar o seguinte:



- ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA (ARC)



“9 {Era} Joaquim da idade de oito anos quando começou a reinar e três meses e dez dias reinou em Jerusalém; e fez o {que era} mau aos olhos do SENHOR.

10 E, no decurso de um ano, o rei Nabucodonosor mandou que o levassem à Babilônia, com também os mais preciosos utensílios da Casa do SENHOR, e pôs a Zedequias, seu irmão, rei sobre Judá e Jerusalém.”



- ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA (ARA)



“9 Tinha Joaquim dezoito anos quando começou a reinar e reinou três meses e dez dias em Jerusalém. Fez ele o que era mau perante o SENHOR.



10 Na primavera do ano, mandou o rei Nabucodonosor levá-lo à Babilônia, com os mais preciosos utensílios da Casa do SENHOR; e estabeleceu a Zedequias, seu irmão, rei sobre Judá e Jerusalém.”



- NOVA VERSÃO INTERNACIONAL (NVI)



“9 Joaquim tinha dezoito anos de idade quando começou a reinar; e reinou três meses e dez dias em Jerusalém. Ele fez o que o Senhor reprova.



10 Na primavera o rei Nabucodonosor mandou levá-lo para a Babilônia, junto com objetos de valor retirados do templo do Senhor, e proclamou Zedequias, tio de Joaquim, rei sobre Judá e sobre Jerusalém.”



- NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE (NTLH)



“9 Joaquim tinha dezoito anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou três meses e dez dias em Jerusalém. Joaquim fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR.



10 Na primavera daquele ano, o rei Nabucodonosor mandou prendê-lo e levá-lo como prisioneiro para a Babilônia, levando também os objetos mais valiosos que havia no Templo. E Nabucodonosor colocou Zedequias, tio de Joaquim, como rei de Judá e de Jerusalém.”



Perceba que enquanto em 2 Rs 24.17 Zedequias é identificado como tio de Joaquim, em 2 Cr 36.10, nas versões ARC e ARA ele é identificado como irmão de Joaquim.



Já as versões NVI e NTLH identificam Zedequias em 2 Cr 36.10 como tio de Joaquim, como se encontra em 2 Rs 24.17.



Fui conferir na Bíblica Hebraica Sttutgartensia os textos acima, e lá temos o seguinte:



- 2 Rs 24.17: mataniah dhodho (Matanias tio)



- 2 Cr 36.10: tsideqiyah ‘ahim (Zedequias irmão)



Dessa forma, entendemos que para conciliar o problema do texto hebraico (onde as versões ARC e ARA foram fiéis ao texto hebraico) as versões NVI e NTLH preferiram modificar 2 Cr 36.10 trocando o termo “irmão” para “tio”.



A Bíblia de Jerusalém traduziu o texto de 2 Cr 36.9-10 da seguinte forma:



“9 Joaquin tinha dezoito anos quando começou a reinar e reinou três meses e dez dias em Jerusalém; fez mal aos olhos de Iahweh.



10 No fim do ano, o rei Nabucodonosor mandou prendê-lo e conduzi-lo a Babilônia junto com os objetos preciosos do Templo de Iahweh, e constituiu Sedecias, seu irmão, como rei de Judá e Jerusalém.”



Na nota de rodapé da referida Bíblia, ao tratar sobre o texto acima lemos:



“De fato, era tio (2 Rs 14.17). Mas 1 Cr 3.15-16 distingue dois Sedecias, um tio e um irmão de Joaquin.”



Podemos entender a dificuldade no texto hebraico, e consequentemente nas versões ARC e ARA como um erro do copista.



Tais erros podem ser encontrados em outros locais, como no exemplo abaixo:


“Tinha Joaquim dezoito anos de idade quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém; e {era} o nome de sua mãe Neústa, filha de Elnatã, de Jerusalém.” (2 Rr 24.8, ARC)



“{Era} Joaquim da idade de oito anos quando começou a reinar e três meses e dez dias reinou em Jerusalém; e fez o {que era} mau aos olhos do SENHOR.” (2 Cr 36.9, ARC)



Nas versões abaixo o texto de 2 Cr 36.9 foi corrigido:


“Tinha Joaquim dezoito anos quando começou a reinar e reinou três meses e dez dias em Jerusalém. Fez ele o que era mau perante o SENHOR.” (ARA)


“Joaquim tinha dezoito anos de idade quando começou a reinar; e reinou três meses e dez dias em Jerusalém. Ele fez o que o Senhor reprova.” (NVI)


“Joaquim tinha dezoito anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou três meses e dez dias em Jerusalém. Joaquim fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR.” (NTLH)



No texto hebraico temos:



- 2 Rs 24.8: shemoneh ‘esreh shanah (dezoito anos de idade)


- 2 Cr 36.9: shemoneh shanim (oito anos)


Apesar de tais dificuldades existirem, elas em nada comprometem a credibilidade da Bíblia quanto a sua inspiração.


É bom lembrar que estas pequenas discrepâncias fazem parte das cópias em hebraico, e não dos originais que saíram das mãos dos escritores bíblicos (até então não encontrados).



Termino aqui este post, contando com qualquer ajuda que venha a esclarecer os fatos aqui narrados, pois como qualquer outro posso estar equivocado em minhas colocações, não tendo problema algum em me retratar ou corrigir algum comentário feito.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Por Altair Germano




Nesta segunda lição do 3º trimestre/2010, vamos trazer como subsídio algumas informações acerca do “Processo de Comunicação”, “Visões” e “Sonhos” proféticos.



TEXTO BÍBLICO



Jeremias 1.4-6,9-14



OBJETIVOS (extraídos da Lição Bíblica)



- Explicar as formas de comunicação divina aos profetas, e pelos profetas ao povo.

- Descrever a interpretação naturalista acerca dos profetas do Antigo Testamento.

- Refutar a falácia dos naturalistas com argumentos bíblicos.



CONTEÚDO



O Conceito de Comunicação



“Comunicar significa tornar algo comum. Esse algo pode ser uma mensagem, uma notícia, uma informação, um significado qualquer. Assim, a comunicação é uma ponte que transporta esse algo de uma pessoa a outra ou de uma organização a outra.” (CHIAVENATO, 1999, p. 518).



A comunicação é aparentemente um processo simples, tendo em vista o fato de que as pessoas se comunicam sem fazer nenhum esforço ou sem tomar consciência disso. Em sua complexidade, na comunicação há sempre a possibilidade de enviar ou receber uma mensagem de maneira errada ou distorcida.



No processo de comunicação estão presentes os seguintes elementos, (Idem, p. 520-522):



a) Fonte (Emissor). É a pessoa, grupo ou organização que deseja transmitir alguma idéia ou informação através de uma mensagem. A mensagem pode comunicar informação, atitudes, comportamento, conhecimento ou alguma emoção ao destinatário.



b) Canal (Transmissor). É o meio ou aparelho utilizado para codificar a idéia ou significado através de uma forma de mensagem. A codificação é realizada através de meios verbais, escritos ou não-verbais (símbolos, sinais ou gestos) ou através de uma combinação dos três.



c) Destino (Receptor). É a pessoa, grupo ou organização que deve receber a mensagem e compartilhar o seu significado.



d) Feedback (Resposta). Corresponde à informação que o emissor consegue obter e pela qual sabe se a sua mensagem foi captada pelo receptor.



e) Ruído. É o termo que indica qualquer distúrbio indesejável dentro do processo de comunicação e que afeta a mensagem enviada pela fonte (emissor) ao destino (receptor). Quando maior o ruído, maior a probabilidade de erros e distorções na recepção da mensagem.



- Linguagem verbal: As dificuldades de comunicação acontecem quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar as palavras). (wikipédia.org)



- Linguagem não-verbal: Conforme a Wikipédia, as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os elementos não verbais da comunicação



Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de época para época.



Outras informações importantes sobre a comunicação não-verbal, nos passada pela Wikipédia são:



Alguns psicólogos (e.g. Armindo Freitas-Magalhães, 2007) afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e encadear as interações sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais.



a) Expressão facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua expressão fisionômica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas pessoas tentam inibir a expressão emocional.



b) Movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contexto pode significar ameaça, provocação. Desviar os olhos quando o emissor fala é uma atitude que tanto pode transmitir a idéia de submissão como a de desinteresse.



c) Movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens.



d) Postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras do que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por ex.: inferiores hierárquicos adotam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus superiores, que tendem a mostrar-se descontraídos.



e) Comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo da voz) revela-se importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens mais claras do que uma voz agitada.



f) A aparência: a aparência de uma pessoa reflete normalmente o tipo de imagem que ela gostaria de passar. Através do vestuário, penteado, maquilagem, apetrechos pessoais, postura, gestos, modo de falar, etc. As pessoas criam uma projeção de como são e de como gostariam de ser tratadas. As relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa fornecer aos outros a sua projeção particular e se os outros respeitarem essa projeção.



A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma reação involuntária ou um ato comunicativo propositado.



Na Bíblia encontramos vários exemplos de comunicação realizada através das várias formas de linguagem, nas mais diversas relações (Deus x homem; homem x homem; Deus x profetas; profetas x povo; Deus x anjos; anjos x homens, etc.):



- Comunicação escrita: Ex 34.27-28 (tábuas de pedra); Dt 6.9 (umbrais e portas); Jr 30.2 (livro); Jo 8.8 (terra)



- Comunicação verbal: Gn 3.8-9 (Adão e Eva); Gn 6.13-22 (Noé); Gn 12.1-3 (Abraão)



- Comunicação não-verbal: Jr 13.1-11 (o cinto de linho); Jr 13.12-14 (o jarro quebrado); Jr 18.1-6 (o vaso do oleiro); Jr 19.1-15 (a botija quebrada); Os 1.2 (o casamento com uma prostituta)



O ponto máximo da comunicação de Deus com o homem se deu através de Jesus:



“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho [...]” (Hb 1.1)



“E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14)



Não temos nenhuma dúvida, que todas as vezes que o Senhor resolveu comunicar a sua vontade para seus filhos, através do ministério profético ou por qualquer outro meio, Ele fez da melhor forma possível, usando a melhor linguagem e o melhor meio ou canal de comunicação.



Continua…

sábado, 5 de junho de 2010

A MALDIÇÃO HEREDITÁRIA À LUZ DA BÍBLIA

A MALDIÇÃO HEREDITÁRIA À LUZ DA BÍBLIA

INTRODUÇÃO

Esse é um assunto muito polêmico, que tem ocupado espaço em revistas, livros e jornais, bem como tem sido tema de palestras em muitos seminários, principalmente nos que falam de “batalha espiritual”. A fim de que haja um melhor entendimento sobre o tema, resolvemos estudá-lo na forma de perguntas e respostas.


1. O PROBLEMA: Segundo os que crêem na transmissão da maldição hereditária, mesmo os crentes em Jesus, nascidos de novo, estão sujeitos a sofrer as terríveis conseqüências dos pecados e das maldades praticadas pelos ancestrais, tais como doenças, insucessos na vida financeira, no trabalho, pecados sexuais, vícios, etc..


2. HÁ BASE BÍBLICA PARA TAL ENSINO ? Segundo os que aceitam essas idéias, elas se baseiam em Deuteronômio Ex. 20.05; Dt 28.15. (Ler). Veremos mais abaixo.


3. LITERATURA SOBRE O ASSUNTO. Um dos livros mais conhecidos sobre o assunto tem por título “QUEBRE A CADEIA DA MALDIÇÃO HEREDITÁRIA”, escrito por Marilyn Hickey, editado, no Brasil, pela Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno – ADHONEP. No livro, vemos, de início, a história de uma família, que herdou uma fazenda, nos Estados Unidos e que se viu em grandes dificuldades: nada dava certo; pragas na plantação; dívidas; doenças afetavam a família; lendo a Bíblia, concluíram que estavam debaixo de uma maldição hereditária. Segundo o livro, a família orou a Deus, e quebrou a maldição daquela terra, e ela produziu como nunca houvera acontecido.


3.1. “ESTÁ AMARRADO?” Para vencer a maldição hereditária, dizem seus defensores, é necessário que o crente amarre o valente e o expulse da terra, da casa ou da vida de uma pessoa ou de uma família. Isso se baseia em Mt 12.29. Para os ensinadores da quebra da maldição hereditária, casa pode significar “geração”. Então, é preciso amarrar o valente, que é Satanás, para quebrar sua cadeia de maldição sobre a família, e seus descendentes. Acontece que todo dia “amarram” o inimigo e ele continua agindo. Na verdade, o diabo só será amarrado, mesmo, no início do Milênio (Ver Ap 20.1,2).


3.2. O CASO JUKES-EDWARDS.


1) Da família de JUKES, o ateu, foram pesquisados 560 dos seus descendentes: Desses, 310 morreram em extrema pobreza; 150 tornaram -se criminosos, inclusive 7 assassinos; 100 descendentes foram beberrões; mais da metade das mulheres se prostituiu. Segundo cálculos, os descendentes de Jukes custaram ao Estado, com suas vidas desregradas, Um milhão e duzentos e cinquenta mil dólares.


2) Quanto à família de Jonathan Edwards, cristão praticante, com sua família, foram pesquisados 1394 dos seus descendentes, sendo constatado o seguinte: 295 receberam diplomas universitários, sendo que 23 chegaram a ser reitores de universidades; 65 foram professores universitários; 3 senadores dos Estados unidos; 3 governadores estaduais, e outros, ministros enviados a nações estrangeiras; 130 foram juizes, 100, advogados, sendo um reitor de uma faculdade de Direito, 56 médicos, sendo um reitor da faculdade de medicina; 75 oficiais na carreira militar; 100 missionários e pregadores famosos, bem como autores destacados; cerca de 80 desempenharam alguma função pública;3 foram prefeitos de grandes cidades; um foi superintendente do Tesouro norte-americano; um deles foi vice-presidente dos Estados Unidos.


4. REFLETINDO SOBRE O PROBLEMA

4.1. A VISITAÇÃO DA MALDADE dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração por parte de Deus, é destinada aos que aborrecem a Deus e não a seus filhos. Com efeito, no versículo 5 de Ex. 20, está escrito: “…Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem. No versículo 6, de Ex. 20, lemos “E faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos”.


4.2. NUMA PRIMEIRA OBSERVAÇÃO Com base nos textos citados, vemos que eles estão inseridos no contexto dos versículos 01 a 05, abrangendo o I e II. Mandamentos da Lei de Moisés, ditada por Deus. O primeiro mandamento, refere-se a não ter outros deuses além do Senhor; o segundo, diz que o seu povo não deve fazer imagem de escultura, não se encurvar a elas nem lhes servir, pois o Senhor visita a maldade dos descendentes dos que transgridem esse mandamento.


4.3. OS NASCIDOS DE NOVO Os filhos de Deus, salvos pelo sangue de Jesus, já estão livres da maldição da Lei. Em Gl 3.13, lemos: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós: porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”. Esse texto deixa claro que com a morte de Cristo, os que o aceitam ficam livres da maldição que era prevista para aqueles que viviam no pecado, mas o aceitaram como salvador.


Outro texto interessante é o de 2 Co 5.17, que diz: “Eis que se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. As coisas velhas já passaram, graça a Deus. Que coisas velhas eram essas? Sem dúvida são as coisas herdadas do passado, do velho homem, da velha vida, coisas herdadas da família sem Deus: os maus hábitos, os maus costumes, a idolatria (que é a causa principal da maldição, conf. Ex 20.5), as feitiçarias. Nada disso pode atingir mais o crente fiel, pois ele está guardado debaixo da proteção de Deus, cf. O Sl 9.1-7. “Não temerás espanto noturno nem seta que voe de dia, nem mortandade que assole ao meio dia; ..mil cairão ao teu lado, dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido..”


Um outro texto para análise é o de Ne 13.2, que diz que Balaão saiu para amaldiçoar o povo de Israel, mas “…o nosso Deus converteu a maldição em bênção”. No Ev. s. João, Cap 5.24, lemos que a salvação de Cristo é tão grande, que abrange toda a existência, no passado, no presente e no futuro, se perseverarmos até o fim. No presente: quem crê, TEM a vida eterna; No futuro: “não entrará mais em condenação” No passado: “Já passou da morte para a vida”


4.4. DEUS É O AGENTE DA MALDIÇÃO SOBRE OS QUE O ABORRECEM. Um outro aspecto a se anotar é o seguinte: Em Ex 20.5 e em textos semelhantes, vemos que Deus é o sujeito da visitação da maldade ou da maldição sobre os que lhe desobedecem. Neste caso, perguntamos: Como Deus vai amaldiçoar a descendência daqueles que já aceitaram a Cristo como salvador? Isso não condiz com o caráter de Deus, revelado nas Escrituras.


Ele não pode se contradizer, nem anular sua própria palavra. Se tomarmos com base Dt. 28, vemos , desde o v. 1 até o 14, as bênçãos previstas por Deus para que lhe obedecem. Ora, perguntamos, como podem tais bênçãos ocorrerem, se, ao mesmo tempo, por causa de pecados dos antepassados, a maldição persistir sobre a família dos servos de Deus? Parece-nos que existe uma contradição e um equívoco sobre os que ensinam sobre a maldição hereditária no que concerne aos crentes em Jesus.


5. COMO ENTENDER, ENTÃO, CASOS DE DOENÇAS QUE PASSAM DE GERAÇÃO A GERAÇÃO E DE PERTURBAÇÕES MALIGNAS SOBRE FAMÍLIAS DE CRENTES SINCEROS E FIEIS? Na verdade, há casos em que famílias de crentes em Jesus, formadas por pessoas dedicadas e sinceras, que sofrem problemas os mais diversos, em termos de saúde, e adversidades financeiras e até de perturbações por parte do maligno. Segundo entendemos, as consequências do pecado de um pai podem passar para os seus descendentes.


1) Nos descrentes, sim, como maldição prevista por Deus, ou como consequência natural do pecado sobre a descendência. Um pai alcoólatra, com sífilis, certamente vai transmitir aos seus filhos as consequências do pecado, mas não o pecado em si. Um pai ou uma mãe aidética passa a enfermidade para o filho no ventre. Esse é um ponto importante: o que se transmite, hereditariamente, são os efeitos do pecado e não o pecado, pois este, segundo a Bíblia, não é hereditário. É de responsabilidade pessoal (Ver Ez 18). A Bíblia diz em Dt 24.16: “Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos pelos pais: cada qual morrerá pelo seu pecado”.


Vemos aí a justiça de Deus, não permitindo que os filhos, sem culpa, herdem as maldades dos pais, em termos espirituais, a ponto de morrerem por causa de seus antepassados. A responsabilidade moral e espiritual é individual perante Deus. Em Ezequiel , Cap 18, 20-22: “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. Mas se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá. De todas suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela sua justiça que praticou, viverá”.


Com isso, vemos que o pecado não passa de pai para filho. O que pode passar são os efeitos genéticos e também a influência moral dos pais sobre os filhos; estes tendem a seguir os exemplos bons ou maus de seus pais.


2) Nos crentes em Jesus, como consequência natural, genética e que pode ser curadas por Deus. Não tem sentido Deus, que é justo, continuar a amaldiçoar a família de alguém que aceitou a Jesus, sendo nova criatura, para quem “as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. De igual modo, mesmo sem ser maldição de Deus, os efeitos do pecado podem ser transmitidos de pais não-crentes para os filhos crentes em Jesus.


Nunca, porém, a maldição, pois quem está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram. Eis que tudo se fez novo. Em Rm 8.1, lemos: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito”. Assim, não mais condenação ou maldição para os que estão em Cristo Jesus.. Em Rm 8.33-39, lemos que o crente pode passar por situações as mais adversas, tais como por tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada, mas, diz S.Paulo: “Em todas essas coisas somos mais do que vencedores , por aquele que nos amou” . Ora, em todas essas coisas, até passando por fome, nudez (que não é nenhuma prosperidade), até nisto, somos mais do que vencedores e não amaldiçoados.


Nem toda doença é fruto do pecado da pessoa nem é maldição. Vemos o caso do cego de nascença, em Jo 9. “E passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus”. Vemos aí um caso o interessante: Nem os ancestrais pecaram, nem o homem cego. A doença ocorrera para que se manifestassem a s obras de Deus. Jesus curou o cego e seu nome foi glorificado. 3) No caso de perturbações malignas, elas tem origem na ação do Inimigo contra o crente e sua família e não como maldição de Deus sobre os descendentes. tais perturbações podem ser desfeitas pelo poder maravilhoso e na autoridade do Nome de Jesus. No exemplo do livro, em que a fazenda dos crentes era prejudicada pela ação dos espíritos maus, originários na feitiçaria dos índios, antigos proprietários das terras, vemos que se tratavam de ações do maligno e não da maldade visitada por Deus.


Quando oraram ao Senhor, ele desfez o efeito daquelas maldades. No caso dos JUKES, sua descendência foi prejudicada pela maldade dos pais, cujos efeitos passaram para os filhos. Sem dúvida alguma, todos eles aborreceram ao Senhor, conforme está em Ex 20.5. Por isso, Deus visitou a maldade deles nas suas gerações. É um caso bem típico de maldição familiar herdada. Se um deles houvesse aceitado a Jesus como salvador, tudo se faria novo. As coisas velhas da família seriam anuladas em sua descendência, em termos espirituais. Em termos físicos, poderiam se beneficiar da cura divina ou dos recursos médicos, colocados à disposição do homem pelo próprio Deus.


No caso dos descendentes de Jonathan Edwards, vemos que eles aceitaram a Jesus como Salvador. Como consequência, a influência benéfica do exemplo dos pais se fez sentir sobre os filhos, bem como a bênção e a misericórdia de Deus de geração a geração.


6. CONCLUINDO: Cremos que a visitação da maldade por Deus, sobre a terceira e quarta geração é para os que aborrecem a Deus, e não para os nascidos de novo; para estes, Deus tem prometido fazer misericórdia a milhares de seus descendentes. A maldição não é transmitida diretamente e sim os efeitos do pecado sobre os filhos. Se alguém aceita a Jesus, é nascido de novo, sua vida está debaixo da proteção divina, não cabendo mais nenhuma condenação ou maldição. Que Deus nos abençoe , que possamos entender as verdades espirituais à luz da Bíblia e não de especulações doutrinárias sensacionalistas e equivocadas.


Autor: Elinaldo Renovato de Lima, pastor assembleiano, mestre em Administração, formado em Economia e Teologia. Exerceu o cargo de pró-reitor e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

sábado, 29 de maio de 2010

sexta-feira, 14 de maio de 2010

ESTUDO - CONHECENDO MELHOR O ESPÍRITO SANTO



                                           OQUE É O ESPÍRITO SANTO

Espírito Santo é o termo usado para traduzir o termo hebraico Ruach HaKodesh, utilizado na Bíblia hebraica (Velho Testamento) para se referir à presença de Deus na forma experimentada por um ser humano. A maioria dos cristãos considera o Espírito Santo como o próprio Deus, parte da Santíssima Trindade.




Índice [esconder]

1 A visão judaica do Espírito Santo

2 Dons do Espírito Santo

3 Pentecostes

4 Perspectivas cristãs do Espírito Santo

4.1 Novo Testamento

4.2 Perspectivas de diferentes denominações

5 A perfeição do Espírito

6 O género do Espírito Santo




[editar] A visão judaica do Espírito Santo

A literatura midrash contém muitas afirmações acerca do Espírito Santo. É escrito que o Espírito Santo, sendo de origem celeste, é composto, como tudo aquilo que vem do céu, de luz e de fogo. Quando descansou sobre Finéias, a sua face ardeu como um archote (Midrash Lev. Rabbah 21). Quando o Templo foi destruído e o povo de Israel foi para o exílio, o Espírito Santo regressou ao céu, o que é indicado em Eccl. 12:7: "o espírito voltará para Deus" (Midrash Eccl. Rabbah 12:7). O espírito por vezes fala com voz masculina, e outras com voz feminina (Eccl. 7:29). Isto é, como a palavra "ruah" é tanto masculina como feminina, o Espírito Santo foi concebido como sendo por vezes como um homem e outras como uma mulher.



De acordo com a tradição Judaica, o Espírito Santo se apresenta apenas a uma geração digna, e a frequência das suas manifestações é proporcional à retidão. Não se registraram manifestações deste no tempo do Segundo Templo (Talmude, Yoma 21b), embora se dessem muitas no tempo de Elias (Tosefta ao Talmude Sotah, 12:5). De acordo com Jó 28:25, o Espírito Santo repousa sobre os Profetas em vários graus, alguns profetizando o conteúdo de apenas um livro, outros preenchendo dois livros (Midrash Lev. Rabbah 15:2). Ainda assim não repousava sobre eles continuamente, mas apenas por períodos de tempo.



Os estágios de desenvolvimento, dos quais o mais elevado é o Espírito Santo, são os seguintes: zelo, integridade, pureza, santidade, humildade, temor do pecado, o Espírito Santo. O Espírito Santo conduziu Elias, o qual traz os mortos à vida (Yer. Shab. 3c, acima, e passagem paralela). O pacto sagrado através do Espírito Santo (Midrash Tanhuma, Vayeki, 14); qualquer um que ensine a Torah em público partilha do Espírito Santo (Midrash Canticles Rabbah 1:9, end; comp. Midrash Lev. Rabbah 35:7). Quando Finéias pecou, o Espírito Santo apartou-se dele (Midrash Lev. Rabbah 37:4).



A tradição Judaica divide os livros da Bíblia Hebraica em três categorias, de acordo com o nível de profecia que os seus autores terão alcançado.



Os resultados visíveis da actividade do Espírito Santo, de acordo com a concepção Judaica, são os livros da Bíblia, os quais terão sido, na sua totalidade, compostos sob a sua inspiração. Todos os Profetas falaram "no Espírito Santo"; e o sinal mais característico da presença do Espírito Santo é o dom de profecia, no sentido em que a pessoa sobre a qual ele repousa vê o passado e o futuro. De acordo com o Talmude, com a morte dos três últimos profetas, Ageu, Zacarias, e Malaquias, o Espírito Santo cessou de se manifestar em Israel; mas o Bat Kol (voz celestial) ainda estava disponível.



A Torah (cinco livros de Moisés) diz-se ter sido escrita por Moisés através de uma revelação verbal directa de Deus.

Os Nevi'im (profetas) são livros escritos por pessoas que receberam um elevado nível de profecia.

Os Ketuvim (escritos, agiógrafa) são escritos por pessoas que possuem um menor nível de profecia conhecido como inspiração divina, Ruach HaKodesh.

De acordo com uma das perspectivas do Talmude, o Espírito Santo estava entre as dez coisas que foram criadas por Deus no primeiro dia (Talmude Bavli, Hag. 12a, b). Embora a natureza do Espírito Santo, na realidade, não esteja descrita em lugar algum, o seu nome indicia que era concebido como uma espécie de vento que se manifestava através de som e luz.



De especial interesse é a distinção feita pelas antigas autoridades Judaicas entre o "Espírito do Senhor" (o qual é o termo mais comum para referir o Espírito Santo no Tanakh) e a Shekinah, a presença de Deus. Esta distinção é feita no Talmude, o qual nos dá uma lista das coisas que se encontravam no primeiro Templo de Jerusalém, mas ausentes do segundo Templo. Esta lista inclui o Espírito Santo e a Shekinah. A diferença não é facilmente compreendida, mas parece que a glória da Shekinah era, de alguma forma, mais tangível do que o Espírito. Isto poderia referir-se à presença literal de Deus no Santo dos Santos, e à presença de Deus que dele emanava em alguma forma especial, em oposição à presença do Espírito Santo, o qual estaria em muitos locais mundo fora, e especialmente em indivíduos. No Tanakh, entretanto, esta presença do Espírito é reservada para os reis, profetas, sumo sacerdotes, etc. e não é concedida ao crente comum.



O Espírito Santo é referido com menor frequência nos Apócrifos e pelos escritores Judeus Helénicos; isto pode significar que a concepção do Espírito Santo não era proeminente entre o povo Judeu da época, especialmente na Diáspora.



Na profecia de I Macabeus 4,45. 14,41 é referido como algo há muito perdido. Sabedoria 9,17 refere-se ao Espírito Santo enviado por Deus dos céus, através do qual os decretos de Deus são reconhecidos. A disciplina do Espírito Santo protege do logro (ib. i. 5). Diz o Salmo de Salomão, 17,42, em referência ao Messias, o filho de David: "ele é poderoso no Espírito Santo"; e em Susana, 45, que "Deus elevou o Espírito Santo num jovem, cujo nome era Daniel."



[editar] Dons do Espírito Santo

Dons do Espírito Santo, segundo a Bíblia, são atributos proporcionados sobrenaturalmente aos cristãos pelo Espírito Santo. Segundo o texto bíblico da 1ª carta de Paulo aos Coríntios,[1] existem nove diferentes dons possíveis de serem alcançados pelo cristão. Estes dons são postos em prática em comunidades cristãs, independentemente de sua razão confessional, por pessoas reconhecidamente cristãs em sua fé e prática. Foram bastante importantes na igreja cristã primitiva para a evangelização do mundo então conhecido. Atualmente, verifica-se a utilização de tais dons na renovação carismática, movimento que tem seu esteio na Igreja Católica Apostólica Romana, nas igrejas protestantes pentecostais e neopentecostais. É uma expressão estudada na teologia cristã. Segundo o autor da Primeira Epístola aos Coríntios, seria doado para o que fosse útil (12:7), e repartido a cada um segundo a vontade do Espírito Santo (12:11); existindo diferentes tipos de dons:



A enumeração dos dons é proferida, ainda que incompletamente, na Primeira Epístola aos Coríntios, no capítulo 12, sendo eles:



Palavra da sabedoria;

Palavra do conhecimento;

Fé;

Dons de curar;

Operação de maravilhas;

Profecia;

Discernimento de espíritos;

Variedade de línguas;

Interpretação de línguas.


Pentecostes

Neste dia o dom do Espírito Santo permitiu a todos os apóstolos falarem em outras línguas (idiomas), sendo entendidos por pessoas de diferentes países.



A primeira referência do derramamento do Espírito sobre a igreja está em Atos:



“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos os seguidores de Jesus estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho que parecia o de um vento soprando muito forte e esse barulho encheu toda a casa onde estavam sentados. Então todos viram umas coisas parecidas com chamas, que se espalharam como línguas de fogo; e cada pessoa foi tocada por uma dessas línguas. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa.” (Atos 2.1-4)
 
 
 

quinta-feira, 13 de maio de 2010


Objetivo: Alertar os obreiros para o cuidado em relação às ovelhas de Cristo, o Bom Pastor, a fim de não serem envergonhados quando se apresentarem perante Ele.




INTRODUÇÃO

O pastorado moderno se transformou numa profissão. A maioria dos pastores atuais perdeu o senso de vocação. A lição de hoje visa corrigir esse equívoco, e mostrar que, já no tempo de Jeremias, existiam pastores que não apascentavam o rebanho. Em seguida, destacaremos algumas instruções às quais os pastores do Senhor devam atentar na condução das ovelhas. Ao final, apontaremos para Jesus, o Exemplo Maior de um Bom Pastor.



1. PASTORES QUE NÃO APASCENTAM

No Antigo Testamento, era o ra’ah, cujo sentido primário é o de “alimentar”, “dar pastagem”. Os pastores são os líderes de modo geral (I Rs. 22.17; Ez. 34.5; 37.24; Zc. 11.16; 13.7). Deus se revela, em Sl. 23.1; 80.1; Is. 40.11; Jr. 31.10, como o pastor de Israel. No Novo Testamento, pastorear vem de poimen, substantivo que significa, como em hebraico, “apascentar, alimentar”. Em Ef. 4.11, os pastores são apresentados como dádivas ministeriais de Cristo para a edificação da igreja. Infelizmente, nem todos os pastores se adequam ao modelo bíblico. Apascentam apenas a si mesmos, não têm qualquer cuidado pelo rebanho. Nestes dias difíceis, o pastorado está sendo confundido com uma profissão. Os pastores exploram as ovelhas, extorquem suas peles a fim de satisfazerem suas ganâncias pessoais. Os pastores de Judá, ao invés de darem o exemplo, tornaram-se falsos líderes (Jr. 23.1,8; 10.21). No tempo de Jeremias, os pastores não conduziram sabiamente o rebanho de Deus. Eles perderam a misericórdia e passaram a explorar as ovelhas. Os líderes, guiados pela idolatria, tornaram-se responsáveis diretos pelo julgamento iminente. O termo pastor, no contexto da passagem, se refere a toda liderança de Judá. Os reis, os sacerdotes e os profetas, todos eles deveriam se portar decentemente perante o povo, ele, no entanto, fizerem um pacto para desobedecer ao Senhor, e pior que isso, justificaram que tudo o que faziam era a vontade Deus. Hoje, do mesmo modo, há pastores que tudo fazem, até mesmo vão de encontro à Palavra de Deus, justificando que estão agindo em prol do “reino de Deus”.



2. O CUIDADO COM AS OVELHAS DO SENHOR

O pastor, de acordo com a própria etimologia da palavra, deve alimentar e proteger as ovelhas. O alimento que verdadeiramente nutre o rebanho é a Palavra de Deus. Infelizmente, os pastores estão substituindo essa refeição saudável por fast foods industrializados. Algumas igrejas evangélicas estão desnutridas, ainda que haja aparência de saúde. Isso porque os pastores não levam mais a palavra para os púlpitos. As mensagens de auto-ajuda, as histórias infundadas e os tristemunhos assumiram a proeminência na igreja. Para que o povo não se ausente da congregação, os pastores estão fazendo concessões. Alguns citam Paulo, dizendo que é preciso se fazer de tolo para ganhar a todos. O Apóstolo dos Gentios, no entanto, nunca abriu mão do genuíno evangelho. Na verdade, opôs-se frontalmente a todo evangelho que não fosse o de Jesus Cristo (Gl. 1.7-9). Os pastores que cuidam das ovelhas do Senhor devem, primordialmente, ter compromisso com a Palavra de Deus. Além disso, é preciso que amem o rebanho do Senhor, saibam, conforme revelou Paulo em Éfeso, que não são donos das ovelhas, por ainda que usem da autoridade, não podem ser autoritários. Um pastor que não ama tende a controlar as ovelhas pela força e, não poucas vezes, a exagerar na dose, supervalorizando o poder em detrimento do amor. O resultado são relacionamentos superficiais, fundamentados no medo e que, não poucas vezes, resultam em abuso espiritual, e não poucas vezes, em doenças psicossomáticas.



3. JESUS, O EXEMPLO DE BOM PASTOR

O pastor vocacionado por Deus segue o exemplo de Cristo, o Bom Pastor (Jo. 10.1-9). Os falsos pastores não entram pela Porta (Cristo), mas sobe por outra parte. O pastor comprometido com a obra é aquele que olha para Cristo, desejando glorifica-lo, fazendo tudo no poder que Ele outorga, pregando Sua doutrina, andando em Seus passos e se esforçando para conduzir os pecadores a Cristo. Os falsos pastores entram no ministério motivados por interesses mundanos e pela auto-exaltação, não pelo desejo de exaltar a Jesus. Esses conseguem arrebanhar uma multidão de incautas, pessoas simples que, por não conhecer a Bíblia, torna-se presa fácil dos seus caprichos. Mas não acontece assim com as ovelhas de Cristo, pois elas ouvem a Sua voz, e, diferentemente dos impostores, não são induzidos ao erro. A mensagem central do pastor de Cristo, não é ele mesmo, pois não depende do marketing pessoal, mas a Cruz de Cristo, sem a qual o evangelho se descaracteriza. Quando alguém encontra um pastor, nos moldes de Jesus, encontra a verdadeira liberdade. Isso porque um pastor segundo Cristo não põe fardos pesados sobre as ovelhas que ele mesmo não é capaz de carregar. Um pastor semelhante a Cristo não folga ao ver a ovelha errante pelo deserto, antes a busca amorosamente a fim de trazê-la ao aprisco.



CONCLUSÃO

Os pastores são dádivas de Cristo para a edificação da igreja. Mas nem todos os que se dizem pastores o são no sentido bíblico do termo. Um verdadeiro pastor busca, primordialmente, alimentar o rebanho. Os movimentos evangélicos modernos estão descaracterizando esse significado. Por causa disso, nos deparamos, nos dias atuais, com pastores que se ufanam em seus cargos, investem intensamente na auto-exaltação e cuidam apenas dos seus interesses. Diante de desmandos tais, convém, nesses últimos dias, orar para que o Senhor envie obreiros genuínos para a Sua seara, compromissados, sobretudo, com o Evangelho de Cristo.


I. INTRODUÇÃO




No geral, é dever do pastor dirigir a Igreja Local e cuidar de suas necessidades espirituais. Em Atos 20.28-31, estão discriminadas algumas atribuições específicas do pastor, tais como: apascentar a Igreja, refutar heresias doutrinárias e exercer vigilância contra pretensos opositores.



A figura do pastor é primordial para que a Igreja alcance seus propósitos, devendo o mesmo ter como modelo o próprio Jesus Cristo, qualificado como ‘o Bom Pastor’, ‘o Grande Pastor’ e ‘o Sumo Pastor’ (Jo 10.11,14; 1Pe 2.25; 5.2-4). Quando o pastor negligencia seu chamado ou o exerce de maneira desleixada, acontece o mesmo que houve com os reis, profetas e sacerdotes, os quais deveriam apascentar o povo de Deus e guiá-los aos ‘pastos verdejantes’, negligentes e irresponsáveis, perverteram o ‘direito e a justiça’ e o povo afastou-se de Deus. Jeremias foi chamado para protestar contra esse descaso dos que deveriam pastoreá-los e ao invés disso, regalavam-se em suas riquezas e abastanças, menosprezando as necessidades do povo. Esta lição é mais um brado de Deus para nós, a fim de protestarmos contra o descaso com que alguns tratam o redil que Deus lhes confiou! O Sumo Pastor espera que nenhuma de suas ovelhas se perca (Am 3.12). “As palavras dos sábios são como aguilhões e como pregos bem fixados pelos mestres das congregações, que nos foram dadas pelo único Pastor.” Ec 12.11. REFLEXÃO



II. DESENVOLVIMENTO)



I. O QUE É UM PASTOR



Pastor é o ministro religioso da Igreja Protestante ou Igreja Evangélica. Dependendo da posição e da denominação, ele pode ser chamado de pastor (na maioria das igrejas), presbítero, missionário, bispo (em Igrejas Luteranas, Anglicanas e Pentecostais). Paulo afirma que uma Igreja Local poderia ser dirigida por uma equipe de pastores (confira: At 20.28; Fp 1.1). Dependendo do ramo da Igreja, a função do pastor é desempenhada pelo presbítero ou bispo. Há situações no Novo Testamento onde esses termos parecem ser sinônimos (ver: At 20.17,28; 1Tm 3.1,5; e Tt 1.5,7).No Novo Testamento, o pastor é o administrador do redil de Cristo (1Pe 5.1-8). Sua função é conduzir os santos ao Senhor Jesus, dispensando a estes os meios da graça. O ministério pastoral tem sua origem no coração de Deus (Ef 4.11). É Ele quem vocaciona homens para exercerem tão nobre tarefa.



1. Obrigações do pastor. A função do pastor numa igreja é apascentar (cuidar), de acordo com o dom dado por Cristo (Ef 4.11), para que haja o aperfeiçoamento dos membros do Corpo de Cristo (Ef 1. 22, 23). Esse dom tem como principal manifestação o amor altruísta (Jo 21.17). É o responsável pela intercessão e instrução do povo (At 6.4). Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, os mercenários geram ovelhas dependentes e seguidoras deles próprios. Pastores constroem vínculos de interdependência, mercenários aprisionam em vínculos de co-dependência. ‘Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores.’ (Mt 7.15, versão católica). O pastor deve apascentar e guardar cada uma das ovelhas que lhe confiou o Sumo Pastor. SINOPSE DO TÓPICO (1)



II. OS PASTORES DE ISRAEL



O comentarista centraliza o papel de pastores no Antigo Testamento nos reis, profetas e sacerdotes, mas esse trabalho de apascentar era mister de todo pai de família, era ele o responsável para ensinar os filhos ‘para que guardem o caminho de YAWEH, para agirem com justiça e juízo’. Assim, o ensino da Palavra de Deus aos filhos deve ser uma tarefa prioritária dos pais, partir do lar, ensinando os filhos a temer ao Senhor, a andar em todos os seus caminhos, a amá-lo de todo coração. “Devemos manter nossos olhos em Cristo, nosso supremo Senhor que, ao contrário dos líderes humanos, nunca mudará.” Bíblia do Estudante Aplicação Pessoal -



REFLEXÃO



1. Os reis.



Após a morte de Josué e dos anciãos, veio uma situação anárquica, em que não havia obediência aos mandamentos divinos (Jz 2.12-15). Para apascentar o povo e governar a nação como juízes ou libertadores, Deus levanta homens e mulheres que julgavam em conformidade com a lei de Moisés. É digno de nota o mais antigo ‘tribunal de pequenas causas’ estabelecido por anciãos da cidade, que constituíam um tribunal de justiça, com o poder de resolver pequenas causas da localidade (Dt 16.18). A monarquia, foi uma concessão de Deus (1Sm 8.7;12.12) em atenção ao desejo do povo. Quando a coroa era posta na cabeça do rei, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2Sm 5.3; 1Cr 11.3).



2. Os sacerdotes.



Oficiais escolhidos para se aproximar de Deus e ministrar em favor do povo. São os responsáveis para oferecer os sacrifícios divinamente ordenados por Deus, para executar os diferentes ritos e cerimônias referentes à adoração a Deus, e por ser um mediador entre Deus e o homem. Os seus deveres estavam divididos em funções – Serviço, Ensino, e Oração: a) o primeiro era ministrar no santuário, que nesta época era o tabernáculo, mas quando Israel se tornou uma nação povoada foi o templo; b) Em segundo, os sacerdotes eram responsáveis para ensinar ao povo a lei de Deus; c) Por fim, quando a nação buscava a Deus, eram os sacerdotes que oravam pedindo direção. “E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração. Mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.” (Mt 21.13). Em todas as épocas do Templo parece ter havido um desvio da função precípua: servir de casa de oração. Jesus cita parte da perícope de Jr 7.11 para expor os pecados dos líderes judaicos de seus dias. Hoje temos o púlpito sendo profanado como meio de autopromoção social, lucro financeiro, diversão ou show artístico. Jeremias foi ousado denunciando estas profanações e o padrão de vida ímpia e corrupta dos sacerdotes que ao invés de pastorearem o rebanho de Deus, puseram-se a apascentar a si próprios (Jr 2.8). (Leia Ezequiel 34).



3. Os profetas.



Durante o período da monarquia e da divisão dos reinos, Israel tornou-se cada vez mais idólatra e desobediente ao SENHOR. YAWEH, então, enviou profetas para que alertassem e exortassem o povo a guardar a aliança feita no Sinai. Os reis, sacerdotes e profetas eram negligentes e não apascentavam o povo de Deus. SINOPSE DO TÓPICO (2)



III. ISRAEL FOI DESTRUÍDO POR LHE FALTAR VERDADEIROS PASTORES



Ninguém gosta de admitir que está errado, é humilhante saber que por muito tempo creu-se em uma doutrina herética. Para a liderança judaica contemporânea de Jeremias assim como para as lideranças atuais que estão desvirtuados da pureza da doutrina do evangelho, não estavam trilhando por um caminho errado. Quando Jeremias colocou-se à entrada do Templo e denunciou os abusos, foi interpretado como herege e inclusive sentenciado. Esse desvio não aconteceu de repente, foi paulatino, aos poucos, veio as misturas, os modismos, o desvio dos dízimos e das ofertas, o comércio, etc, etc. Ao invés de anunciarem a Palavra de Deus com pureza e conduzir o povo de conformidade com os preceitos divinos, desviaram-no com suas mentiras e falsidades. Conforme inferimos da passagem do capítulo 6 e versículo 14, os profetas e sacerdotes tentaram consolar ou curar o povo, mas o fizeram superficialmente, prometendo paz quando não havia paz. “Lamentavelmente muitos púlpitos estão assim nos dias de hoje. Ao invés de se pregar a urgência de um avivamento e a necessidade de se ter uma vida santa diante de Deus, os falsos mestres e profetas apregoam uma paz que não é paz, uma prosperidade que nunca foi prosperidade. E o resultado não poderia ser mais desastroso para o povo de Deus.” (Revista). E os escândalos se sucedem. Um atrás do outro. É normal que aconteçam? Por que estão acontecendo tantos escândalos entre os cristãos de todas as confissões no mundo inteiro? As centenas de casos de abuso sexual praticados por padres católicos denunciados maciçamente pela imprensa? Perseguição? A imprensa não cria fatos, ela noticia fatos. Pode ser tendenciosa, mas não cria fatos. “É impossível que não haja pedras de tropeço, mas ai daquele, por quem elas vêm!” Lucas 17.1 Versão da Sociedade Bíblica Britânica. O Mestre afirma que eles serão inevitáveis. Embora rejeitemos os escândalos e nos revoltemos contra eles temos que entender que eles vão ocorrer, mesmo contra nossa vontade ou querer. “Ai do mundo por causa dos tropeços! porque é necessário que apareçam tropeços; mas ai do homem por quem vem o tropeço!” (Mt 18.7) Versão da Sociedade Bíblica Britânica. Quantos prejuízos estes escândalos de abuso sexual estão trazendo ao Vaticano? É difícil entender porque Cristo disse que seriam necessários. Paulo lança luz à essa questão: “Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós, para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio.” (1Co 11.19) – ARA. Escândalos têm utilidades. O escândalo que aconteceu ou irá acontecer, soberanamente permitido pelo SENHOR, foi ou será “necessário”. Os pastores de Cristo devem conduzir o rebanho de acordo com as Sagradas Escrituras, levando a Igreja a uma vida de santificação e de pureza. SINOPSE DO TÓPICO (3)







IV. OS DEVERES DAS OVELHAS



“O pastor escolhe a trilha e prepara o pasto. A tarefa das ovelhas – a nossa tarefa – é observar e seguir o pastor.” Max Lucad – REFLEXÃO.



1. Honrar os pastores. Os pastores que são fiéis são exemplos dignos de fé perseverante para a igreja, que aprende a viver como Cristo viveu. Seu dever é disciplinar corrigir e treinar para o reino, com o objetivo de conduzir o povo à maturidade. Devemos honrar nossos pastores, acatar a disciplina e a correção recebida para que haja fruto de justiça. Haverá amadurecimento. Devemos honrar, considerar e imitar aqueles que Deus colocou à nossa frente para liderar-nos.



2. Obediência. Deve-se considerar a liderança da Igreja. Isso não significa uma obediência cega e inquestionável. O Novo Testamento enfatiza a necessidade de discernimento (1Jo 4.1), responsabilidade pessoal para com o SENHOR e submissão mútua (Rm 12.10 e 14.12). Deus não constituiu sobre a Igreja uma autoridade autocrática, dominadora, ainda que muitos tratem a Igreja como propriedade particular. Quando há fidelidade às Escrituras, devemos obedecer fielmente a cada instrução e cooperar para o desenvolvimento da Obra.



3. Contribuição à Obra de Deus. Hodiernamente vivemos dois contextos na Igreja Brasileira: a) Líderes que ultrapassam os limites das Escrituras e com astucia arrancam o último centavo dos fiéis, mercadejando o Evangelho oferecendo no balcão da fé a graça do Senhor; b) Crentes que amam mais o dinheiro do que a Deus e cerram o coração e o bolso, negligenciando a graça da contribuição, sendo infiéis na mordomia cristã. A contribuição à Obra de Deus deve ser pessoal, voluntária, generosa, sistemática e alegre. Embora não haja nenhum consenso na Igreja atual quanto à aplicabilidade dos princípios do Novo Testamento quanto ao dízimo – quanto à repreensão de Deus às coisas que devoram as finanças ou à provisão àqueles que dão fielmente – há uma concordância geral de que o Novo testamento nos ensina a cooperar financeiramente com a Obra do SENHOR. Ele é um Deus que se deleita em responder com graciosa provisão (Mt 6.25-34). As ovelhas têm deveres e compromissos para com os seus pastores. SINOPSE DO TÓPICO (4)







III. CONCLUSÃO)



Nesta lição, entendemos que Jesus é nosso modelo de pastor. Declarando-se o ‘Bom Pastor’, Jesus faz uma reivindicação messiânica. Como pastor, faz mais do que arriscar sua vida, suportando a morte no lugar dos pecadores. Nossos líderes devem ser um reflexo daquilo que Jesus representa como Sumo-Pastor: sacrifica-se por suas ovelhas demonstrando seu amor e cuidado que Ele tem por seu povo; é vigilante, cuidadoso e amoroso. Muitos têm ‘construído’ seu ministério, ocupam posição de liderança não por vocação, mas por apadrinhamento. Não poucos têm comportado-se como mercenários, que pensam apenas em si mesmos e em como manter sua posição social em detrimento do cuidado com as ovelhas. Ser pastor é ser um administrador do rebanho de Cristo; quando o rebanho não tem pastor, o povo é destruído. O líder precisa cuidar das ovelhas de Cristo, de acordo com o que prescreve o Sumo Pastor. Sua função é conduzir os santos ao Senhor Jesus, dispensando a estes os meios da graça. O ministério pastoral tem sua origem no coração de Deus (Ef 4.11). É Ele quem vocaciona homens para exercerem tão nobre tarefa. Não é desejo de Deus um governo autoritário, dominador, autocrático, como muitos se apresentam, tratando o Corpo de Cristo como propriedade particular. Cabe a nós, a fidelidade aos nossos pastores, não cegamente , mas com discernimento (1Jo 4.1), responsabilidade pessoal para com o SENHOR e submissão mútua (Rm 12.10 e 14.12).







APLICAÇÃO PESSOAL



Devemos voltar à Bíblia para redescobrirmos o que significa ser pastor. Escrevendo aos pastores do primeiro século, o apóstolo Pedro disse: ‘Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas antes, tornando-vos modelo do rebanho’ (1 Pe 5.2,3). Esta lição é útil tanto para a liderança quando para os fiéis, afinal, todos – pastores e fiéis – são ovelhas do mesmo Pastor. Paulo usa uma expressão perturbadora que deve inquietar nossa mente (Líderes e fiéis): “Sede meus imitadores como eu também sou de Cristo.” (1Co 11.1 – ARA) Parece presunção e arrogância alguém declarar isso. Se vindo de Paulo, é fácil, ele tem credenciais para isso. Mas, o desafio é diferençar como alguém, com minhas credenciais, consegue fazer tal afirmação? Seria presunção nossa fazer uma afirmação destas? Mas se não tenho coragem de afirmar que sou imitador de Cristo, a quem imito então? O Salmo 115 diz que aqueles que fazem, confiam e adoram ídolos tornam-se semelhantes a eles. Refletimos aquilo que adoramos! O problema maior da idolatria não são os ídolos, mas a descaracterização daquilo para o que fomos criados: refletir a glória de Deus. O problema de Judá desvencilhar-se de YAWEH e seguir outros deuses não era a idolatria ou as falsas divindades em si, mas o fato de rejeitarem refletir a glória de YAWEH! Paulo escrevendo a carta aos Romanos descreve com clareza alarmante o estado deplorável dos homens que trocaram a glória de Deus e passaram a adorar outros deuses, ídolos e a si mesmos. Esses homens, assevera Paulo, perderam o juízo, a sanidade, tornaram-se loucos, insensatos, desumanos, depravados e perversos, isto é, passaram a refletir aquilo que adoravam. “É triste constatar que há muitos tirando proveito do rebanho de Deus. Usam da credulidade do povo para alcançar seus fins, nem sempre louváveis. Fazem promessas mirabolantes, que jamais poderão cumprir. Loteiam o céu, e vendem o que jamais podem entregar. Pedro denuncia os tais que prometem “liberdade, sendo eles mesmos escravos da corrupção; porque de quem um homem é vencido, do mesmo é feito escravo” (2 Pe.2:19). Infelizmente, o povo de Deus tem sido massa de manobra nas mãos desses homens inescrupulosos. O que nos consola é saber que um dia eles terão que prestar contas a Deus.” Hermes C. Fernandes.



“Sede meus imitadores como também eu sou de Cristo” é a declaração daqueles que amam a Cristo, que seguem no caminho do discipulado, que não se interessam por nenhuma outra coisa que não seja ‘ter a mente de Cristo’, que não desejam nada a não ser a comunhão com a Videira Verdadeira. É chegado o momento de imitarmos o Sumo Pastor.



“SOBRE PASTORES E LOBOS – COMO DIFERENCIÁ-LOS?



Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam e gostam de ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos.



No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Urge a cada um de nós exercitar o discernimento para descobrir quem é quem.



Pastores gostam de convívio, lobos gostam de reuniões.

Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra de holofotes.

Pastores choram pelas suas ovelhas, lobos fazem suas ovelhas chorar.

Pastores têm autoridade espiritual, lobos são autoritários e dominadores.

Pastores têm esposas, lobos têm coadjuvantes.

Pastores têm fraquezas, lobos são poderosos.

Pastores olham nos olhos, lobos contam cabeças.

Pastores apaziguam as ovelhas, lobos intrigam as ovelhas.

Pastores têm senso de humor, lobos se levam a sério.

Pastores são ensináveis, lobos são donos da verdade.

Pastores têm amigos, lobos têm admiradores.

Pastores se extasiam com o mistério, lobos aplicam técnicas religiosas.

Pastores vivem o que pregam, lobos pregam o que não vivem.

Pastores vivem de salários, lobos enriquecem.

Pastores ensinam com a vida, lobos pretendem ensinar com discursos.

Pastores sabem orar no secreto, lobos só oram em público.

Pastores vivem para suas ovelhas, lobos se abastecem das ovelhas.

Pastores são pessoas humanas reais, lobos são personagens religiosos caricatos.

Pastores vão para o púlpito, lobos vão para o palco.

Pastores são apascentadores, lobos são marqueteiros.

Pastores são servos humildes, lobos são chefes orgulhosos.

Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas, lobos se interessam pelo crescimento das ofertas.

Pastores apontam para Cristo, lobos apontam para si mesmos e para a instituição.

Pastores são usados por Deus, lobos usam as ovelhas em nome de Deus.

Pastores falam da vida cotidiana, lobos discutem o sexo dos anjos.

Pastores se deixam conhecer, lobos se distanciam e ninguém chega perto.

Pastores sujam os pés nas estradas, lobos vivem em palácios e templos.

Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas.

Pastores buscam a discrição, lobos se autopromovem.

Pastores conhecem, vivem e pregam a graça, lobos vivem sem a lei e pregam a lei.

Pastores usam as Escrituras como texto, lobos usam as Escrituras como pretexto.

Pastores se comprometem com o projeto do Reino, lobos têm projetos pessoais.

Pastores vivem uma fé encarnada, lobos vivem uma fé espiritualizada.

Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.

Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas, lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.

Pastores confessam seus pecados, lobos expõem o pecado dos outros.

Pastores pregam o Evangelho, lobos fazem propaganda do Evangelho.

Pastores são simples e comuns, lobos são vaidosos e especiais.

Pastores tem dons e talentos, lobos tem cargos e títulos.

Pastores são transparentes, lobos têm agendas secretas.

Pastores dirigem igrejas-comunidades, lobos dirigem igrejas-empresas.

Pastores pastoreiam as ovelhas, lobos seduzem as ovelhas.

Pastores trabalham em equipe, lobos são prima-donas.

Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.

Pastores constroem vínculos de interdependência, lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.

Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-nos do aviso de Jesus Cristo: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são devoradores (Mateus 7:15).” (Copyright © 2006 Osmar Ludovico da Silva, publicado pela revista Enfoque Gospel, edição 54, 2006, www.revistaenfoque.com.br).



N’Ele,



Francisco A Barbosa



auxilioaomestre@bol.com.br



BIBLIOGRAFIA PESQUISADA



- Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;



- Revista Enfoque Gospel, edição 54, 2006, www.revistaenfoque.com.br;



- Bíblia de Estudo de Genebra, ECC/SBB



- Imagem: http://domingosleao.files.wordpress.com/2009/08/ovelha-pastor-amigo-salmo23.jpg



EXERCÍCIOS



RESPONDA



1. O que é o pastor?



R. Nas Escrituras do Novo Testamento, o pastor é visto como o administrador



2. Quais as obrigações do pastor?



R. Apascentar e guardar cada uma das ovelhas que lhe confiou o Sumo Pastor. O ofício pastoral também inclui: a oração intercessória e a ministração da Palavra de Deus.



3. Quem eram os pastores em Israel?



R. Os reis, sacerdotes e profetas.



4. Por que Israel foi destruído no Antigo Testamento?



R. Israel foi destruído por lhe faltar verdadeiros pastores.



5. Por que Jesus é tido como o Sumo Pastor?



R. Porque Ele deu a sua vida para resgatar suas ovelhas.



BOA AULA!



Fonte: http://auxilioebd.blogspot.com/