
I. INTRODUÇÃO
Jeremias foi um crítico da conduta do seu povo, apontando claramente, em discursos acalorados em plena praça pública e dirigidos à classe dominante, os desvios daquela que era a nação escolhida para revelar o único Deus verdadeiro às nações. Usou numerosas figuras vívidas, como comparar Judá a um jumento selvagem e a uma prostituta, a fim de indiciar a nação por infidelidade ao SENHOR e para avisar sobre o julgamento inadiável se eles não se arrependessem e se achegassem ao SENHOR. O relacionamento que inicialmente era puro e devotado como o de uma noiva para o seu noivo, descambou para um desvio para deuses falíveis, tornando a terra que outrora manava leite e mel em terra imunda pelo pecado. Jeremias se opôs a governantes, sacerdotes e profetas, estes últimos por causa de sua apostasia. As denúncias de Jeremias parecem ser atualíssimas, principalmente pelo desvario da apostasia que grassa o meio evangélico com os novíssimos modismos, atos proféticos, unções extravagantes, doutrinas estranhas, mover do Espírito, etc, etc, etc. Jeremias foi um profeta que falava o que ouvia do SENHOR e não o que agradava aos ouvintes! Sua mensagem era dura enquanto os demais profetas prosseguiam com suas mensagens de vitória. Sem dúvida alguma esta aula é mais um assunto vinculado à atualidade da Igreja. Jeremias deve nos inspirar e nos levar a ver que ser cristão é essencialmente ter um relacionamento moral e espiritual com Deus, um relacionamento que requer a devoção de cada indivíduo.
II. DESENVOLVIMENTO)
I. O QUE É APOSTASIA
1. Definição. (gr. “apostasia”, abandon, defect) Public and voluntary abandonment of a religion) Segundo a definição do site Bíblia online (http://www.bibliaonline.com.br/), a palavra “apostasia” significa “Ato de desviar-se ou afastar-se do relacionamento com Deus”. O dicionário Aurélio corrobora com tal definição: Apostasia (do grego apostasia) — Substantivo feminino.
1. Separação ou deserção do corpo constituído (de uma instituição, de um partido, de uma corporação) ao qual se pertencia.
2. Abandono da fé de uma igreja, especialmente a cristã.
3. Abandono do estado religioso ou sacerdotal.
Apostasia (em grego antigo ????????? [apóstasis], “estar longe de”) não se refere a um mero desvio ou um afastamento em relação à sua fé e à prática religiosa. Tem o sentido de um afastamento definitivo e deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação. Pode manifestar-se abertamente ou de modo oculto. Na teologia cristã, os reformadores a usavam para descrever a condição da igreja durante a Idade Média, mas ela também se tornou importante entre os que promovem dupla predestinação, o conceito de que Deus escolheu alguns para a salvação e outros para a destruição. Argumentam que os eleitos para a salvação nunca se separam da graça, não vão apostatar. O Código de Direito Canônico de 1983 e atualizado em 1998, define apostasia como repúdio total à fé cristã, ou a recusa em submeter-se à autoridade do Papa ou à comunhão com os membros da Igreja a ele sujeitos (cânon 751). “Todo aquele que se adianta e não permanece no ensino do Cristo não tem Deus. Quem permanece neste ensino é quem tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém se chegar a vós e não trouxer este ensino, nunca o recebais nos vossos lares, nem o cumprimenteis.” – 2 Jo 8-10.
2. A apostasia de Israel. Tanto no período dos juízes como o do reino dividido, Israel se afastou de Deus e mergulhou na apostasia. Tempo depois do cativeiro do reino do Norte, Judá entrou em uma profunda apostasia, liderada pelo rei Manassés. “Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a reinar, e cinqüenta e cinco anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Hefzibá. E fez o que era mau aos olhos do SENHOR, conforme as abominações dos gentios que o SENHOR expulsara de suas possessões, de diante dos filhos de Israel. Porque tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha destruído, e levantou altares a Baal, e fez um bosque como o que fizera Acabe, rei de Israel, e se inclinou diante de todo o exército dos céus, e os serviu. E edificou altares na casa do SENHOR, da qual o SENHOR tinha falado: Em Jerusalém porei o meu nome. Também edificou altares a todo o exército dos céus em ambos os átrios da casa do SENHOR. E até fez passar a seu filho pelo fogo, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro e ordenou adivinhos e feiticeiros; e prosseguiu em fazer o que era mau aos olhos do SENHOR, para o provocar à ira. Também pôs uma imagem de escultura, do bosque que tinha feito, na casa de que o SENHOR dissera a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de Israel, porei o meu nome para sempre; Porém não ouviram; porque Manassés de tal modo os fez errar, que fizeram pior do que as nações, que o SENHOR tinha destruído de diante dos filhos de Israel. Além disso, também Manassés derramou muitíssimo sangue inocente, até que encheu a Jerusalém de um ao outro extremo, afora o seu pecado, com que fez Judá pecar, fazendo o que era mau aos olhos do SENHOR.” (2Rs 21.1-9 e 16). Israel se afastou completamente de Deus. O povo cometeu um dos mais terríveis pecados que é do sacrifício humano. Anos depois sob o reinado de seu neto, rei Josias, houve uma tentativa de reavivamento, que durou tanto quanto seu reinado: “Então disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o livro da lei na casa do SENHOR. E Hilquias deu o livro a Safã, e ele o leu. Também Safã, o escrivão, fez saber ao rei, dizendo: O sacerdote Hilquias me deu um livro. E Safã o leu diante do rei. Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras do livro da lei, rasgou as suas vestes.” (2Rs 22.8, 10 e 11). Israel tinha se afastado tanto de Deus que o povo não conhecia mais sua Lei. O texto mostra que o Livro da Lei ficou guardado no Templo e pela reação de Safã e do próprio rei percebemos que eles não conheciam aquele livro. Devido à apostasia de Manassés, a Palavra de Deus ficou inacessível ao povo – “Não havendo profecia, o povo se corrompe…” (Pv 29.18).
II. UM BRADO CONTRA A APOSTASIA
Chamado para ser o porta-voz de YAWEH em Judá, fielmente confrontou os líderes e o povo por causa de sua apostasia. Que possamos, a seu exemplo, resistir nestes tempos difíceis.’
1. Falar em nome do Senhor. Vimos na lição 01 que o ministério de Jeremias aconteceu em um período de grandes mudanças no cenário mundial, e nesse clima de mudanças, Deus chama e atua na vida do profeta, preparando-o para um ministério que envolvia não só Judá, mas as nações vizinhas. Seu ministério apresenta tanto um aspecto negativo (juízo) como positivo (graça); sua mensagem era primordialmente de destruição e juízo. Não obstante a dificuldade em ministrar tal mensagem, ele foi fiel à sua vocação e ao SENHOR. Jeremias tinha como missão exortar o povo à obediência e alerta-los quanto à desgraça que se avizinhava de suas fronteiras: os exércitos babilônios. SINOPSE DO TÓPICO (2).
2. Ser autêntico e não politicamente correto. Querer recusar sua vocação parece um ato de falta de fé daquele profeta, mas quando nos aprofundamos nos seus pensamentos, preocupações e perturbações, nos apercebemos de quão pesada foi a sua carga. O mesmo fato ocorre hoje quando temos o culto divino, em muitas igrejas, sendo substituído por espetáculos e shows. Em vez da simplicidade do cenáculo, a grandiosidade dos banquetes de Assuero. A pirotecnia ofusca a glória daquele que se acha entronizado entre os querubins. E o Cordeiro de Deus é substituído pelo bezerro de ouro. Púlpitos são transformados em palcos; obreiros fazem-se animadores de auditório; os santos tornam-se meros espectadores e consumistas. Programas de TV oferecem um evangelho falso, destituído das boas novas do Calvário e sem poder para salvar. Ao invés da mensagem do arrependimento, o que alguns querem empurrar é um marketing comprometido com os costumes do Egito e com a cultura de Canaã. Deus, no entanto, não mudou; continua a exigir santidade de seus filhos. Muitas igrejas já não cultuam mais ao Senhor, mas as necessidades do homem. Cultos alternativos para “prender” as pessoas à igreja; inventam-se alternativas para satisfazer o ego e deixar o Senhor da igreja de fora do templo. Um abismo chama outro abismo: a idolatria trouxe a apostasia, e a apostasia descambou na permissividade: “e o povo assentou-se a comer e a beber; depois, levantaram-se a folgar” (Ex 32.6). “Não havendo profecia, o povo se corrompe…” (Pv 29.18) É preciso que se levantem homens nessa geração compromissados com a ortodoxia bíblica, ainda que isto venha a custar-nos a vida!
3. Anunciar ao povo a tragédia que os rondava. A palavra hebraica para profeta é ‘NABI’, que significa anunciador, declarador, aquele que anuncia as mensagens de Deus. O ofício profético em si nos dá a idéia de predição do futuro, incluindo acontecimentos nacionais, comunais e individuais, envolvendo as atividades de exortação, ensino, pastoreio e liderança espiritual em geral. Resumidamente, os profetas eram tidos como representantes de Deus, libertadores e interpretes da mensagem divina na questão das revelações e do conhecimento espiritual. O cumprimento das profecias de Jeremias forneceu as evidencias para a autenticidade da sua vocação. “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento (…)” Rm 12.2; Diante da urgência destes últimos dias, não podemos escusar-nos: ou ficamos pela glória de Deus ou ficamos com os deuses que o diabo tem oferecido aos santos. O momento requer cuidado e vigilância: caso não estejamos atentos, corremos o risco de introduzir, na casa de Deus, abominações e iniqüidades. No início da Igreja Cristã, não havia necessidade de alternativa para o culto divino. De maneira simples e sincera, cultuavam a Cristo que, através de Seu Espírito, se fazia presente com poderosas manifestações. Não precisavam de nenhum fenômeno estranho, de unções disso ou daquilo, de declarações proféticas, pois o Cordeiro estava sempre presente!
III. EM QUE CONSISTIA A APOSTASIA DE ISRAEL
A história do declínio de Israel começa com Salomão. Ainda que seu pai, Davi, tivesse tentado servir ao SENHOR e tivesse humildemente arrependido quando pecou, Salomão não permaneceu fiel. Apesar de todas as bênçãos que Deus lhe deu, ele seguiu suas centenas de esposas para longe do Senhor e para a idolatria. Quando Salomão morreu, Deus retirou dele a maior parte do reino e a deu a Jeroboão. Esta nova nação, que consistia das dez tribos do norte, foi chamada Israel. Deus disse a Jeroboão que o abençoaria e estabeleceria a sua como a família real, por muitas gerações, se ele fosse fiel e obediente ao Senhor. Mas Jeroboão não confiou em Deus. Ele não se voltou para o Senhor, mas se afastou dele. Estava tão preocupado com sua posição de poder em Israel que não queria permitir ao povo voltar a Jerusalém para suas festas religiosas anuais. Temia que o povo se decidisse a servir o filho de Salomão e não mais quisesse Jeroboão como rei. Para impedir o povo de sair de Israel, Jeroboão inventou um novo sistema religioso. Ele tomou emprestadas muitas idéias da religião verdadeira que Deus tinha estabelecido no Monte Sinai. Com seus bezerros de ouro, centros de adoração não autorizados e sacerdotes não levíticos, Jeroboão deu um grande passo afastando-se de Deus. Manassés, o mais perverso dos reis judeus, entulhou a Casa de Deus dos mais abomináveis ídolos. “E os filhos de Israel fizeram o que parecia mal aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor, seu Deus, e serviram aos baalins e a Astarote” (Jz 3.7). Não estaremos, de algum modo, agindo como esses reis? O momento exige reflexão, disciplina e lágrimas.
1. O afastamento de Jeová. . Israel rejeitou o bem; o inimigo os alcançou. Israel tinha desprezado o bem que lhe fora oferecido pelo SENHOR e em breve o feroz exército babilônio chegaria. O bem vinha através da lei Moisaica, que com desdém fora arredada para um lado (Am 5.14,15; Mq 6.8). A lei tornou-se, dessa maneira, uma maldição. Os inimigos de Israel prevaleceriam, e sua extinção como nação seria o temível resultado. A escolha do caminho largo foi fácil, mas levou os israelitas à destruição. Alguma perversidade explica isso. Por que será que os homens desprezam o bem e voltam-se para o mal? Alguma depravação da natureza os inspira, e eles se tornam vítimas da própria corrupção. Essa é a antiga história dos indivíduos e das nações, que se repete.
2. O esquecimento de Jeová. É uma grande tolice abandonar as águas vivas, que apenas Deus pode fornecer por cisternas que vazam. O povo eleito abandonou o Senhor e passou a buscar vida e prazer nas coisas efêmeras das nações vizinhas, abdicando do seu destino e propósito. É propício comentarmos esse texto hoje, haja vista o desenrolar herético que muitas vertentes do evangelicalismo brasileiro tem demonstrado, abdicando do seu destino de ser luz em meio à trevas. A verdadeira água viva está em comungar pessoalmente com Deus por meio de Cristo (Jo 4.10).
3. O desprezo pelas coisas divinas. Jeremias descreve com detalhes a enormidade do crime de Israel, mostrando, inclusive, evidências das nações vizinhas. A pergunta retórica do versículo 11 antecipa a resposta negativa e enfatiza a grandeza do pecado de Israel: de Quitim, a oeste, até Quedar, a leste, nenhuma nação jamais se havia voltado contra os próprios deuses pagãos; Israel, contudo, havia se esquecido do Deus Vivo!
(III. CONCLUSÃO)
Os fariseus e os escribas eram muito preocupados com a pureza, conforme a tradição dos antigos, a maneira correta de lavar as mãos, os copos, pratos e jarros. Jesus e os seus discípulos pensavam de outra forma. O mais importante não era o exterior, e sim o interior. Por isso, o Mestre os chama de hipócritas. E citando o profeta Isaías diz a respeito deles: “Este povo me honra com os lábios, mas o coração está longe de mim. Em vão me prestam culto, pois o que ensinam são mandamentos humanos.” (Is 29,13). Na certa, aqueles homens conheciam estas palavras do profeta, mas ainda assim preferiam mostrar uma aparência de cumpridores da lei, uma vez que ninguém via o que se passava por dentro deles. Porém, Deus conhece os nossos corações e quer tratar conosco. Diante da urgência destes últimos dias, não podemos escusar-nos e deixar ‘o barco rolar’, ou optamos pela glória de Deus ou ficamos com os deuses que o diabo tem oferecido aos santos. O momento requer prudência com o que estamos a ouvir. O evangelho anunciado hoje não visa ganhar as almas para Cristo, mas tão somente, aumentar rebanho e pra isso vale tudo. O momento exige reflexão, disciplina, jejum, oração e lágrimas.
APLICAÇÃO PESSOAL
Manassés, um rei muito ímpio, colocou ídolos na Casa do Senhor. Mas e hoje, não estaremos nós a abarrotar a Casa de Deus com os ídolos deste século? A pergunta nos leva a outras: porque muitos crentes que, no passado, eram fortes arrojados no Senhor vieram a tornar-se tão frios e tão comprometidos com o mundo? Por que alguns movimentos do Espírito tornaram-se denominações? Porque algumas denominações fizeram-se tão nominais e apóstatas? Cremos que deixaram de ser movimentos de fé, poder e santidade, para se tornarem monumentos, e assim, acabaram se tornando ídolos. Passaram a ser mais adorados do que o Senhor de todas as coisas. Não vejo a necessidade de ouvir tele-pregadores comprometidos com teologias exóticas, nem sinto que haja lucro algum em seguir modismos. Nos acostumamos a olhar para os não-crentes como idólatras, e de fato são. Mas nesta lição vemos Jeremias advertindo o povo de Deus, o povo escolhido acerca dos perigos do desvio espiritual. Devido ao misticismo que grassa em nossa cultura tupiniquim que leva-nos a crer que um óleo trazido de Jerusalém é poderoso, ou que um lenço untado de suor do tele-apóstolo tem poder, entre outras bizarrices, muitos ídolos tem surgido no cenário evangélico, cobertos com a lã das ovelhas, que entre outros luxos, voam em jatos particulares, comprados com o suor de seus fiéis seguidores. Não devemos nos impressionar com sinais e maravilhas apresentados nesses ministérios. Lutero disse certa feita:“Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias.” Qualquer ensino, prática ou experiência avessos à Palavra, deve ser desconsiderado. Desde minha conversão em 1991, vi surgir muita coisa no meio evangélico: “moveres estranhos” (unção do riso, G12, regressão, teologia da prosperidade, etc), substituírem a ortodoxia da Palavra de Deus; em nome de uma hermenêutica fajuta, torceram-se textos a fim de apoiar pretextos heréticos. Pregadores famosos introduzem doutrinas deturpando a genuína Palavra de Deus, são não apenas aceitos, mas copiados por muitos e suas heresias ganham terreno até em Igrejas tradicionais. Há poucos dias uma famosa intérprete do chamado mundo gospel, num “ato profético”, notadamente em êxtase, andou como um animal quadrúpede em cima de um palco, como se fosse uma leoa. Essa mesma intérprete apresentou um deprimente espetáculo em um mega-show no Rio de Janeiro, em que um rapaz representou o Diabo, enquanto ela o pisava “profeticamente” – copiada, suas bizarrices ganham terreno em nossas Igrejas. O que está acontecendo com a quase-centenária Assembleia de Deus, que sempre se preocupou com a ortodoxia da Palavra de Deus, a oração e a evangelização? O evangelho de Cristo é simples (2 Co 11.3,4). Temos de orar e jejuar, amar e estudar a Palavra de Deus, bem como, em nossa vocação de professores da escola bíblica, ensinadores, alertar a noiva do Cordeiro dos perigos do desvio espiritual. Digamos “não” aos “atos proféticos”, que só servem para afastar o povo de Deus da Palavra e da simplicidade do evangelho, gerando falsa espiritualidade e pseudo-avivamento. Digamos “não” às heresias esposadas por grandes intérpretes da musica gospel que só servem para afastarem o povo da visão cristocêntrica. Digamos “não” às invencionices de pseudo-profetas importados da “grande babilônia” que profetizam prosperidade e distribuem “unções” que só servem para prosperar seus próprios ministérios. Jeremias deve nos inspirar e nos levar a ver que ser cristão é essencialmente ter um relacionamento moral e espiritual com Deus, um relacionamento que requer a devoção de cada indivíduo.
N’Ele, que nos vocacionou para um sublime ministério,
Francisco A Barbosa
assis.barbosa@bol.com.br
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Bíblia de Jerusalém, Paulus;
- Bíblia de Estudo Genebra, Ed Cultura Cristã – SBB;
- Imagem:
EXERCÍCIOS
RESPONDA
1. O que é apostasia?
R. Teologicamente falando, é o afastamento ou abandono premeditado da fé cristã.
2. Em que consistia a apostasia de Israel?
R. O afastamento de Jeová, o esquecimento de Jeová e o desprezo pelas coisas divinas.
3. O que disse Paulo em sua primeira epístola a Timóteo, acerca destes últimos dias?
R. Que nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios (1Tm 4.1).
4. De que forma podemos combater a apostasia?
R. Zelando pela sã doutrina.
5. Você tem combatido a apostasia em sua vida pessoal?
R. Resposta pessoal.
(BOA AULA!)
por José Roberto A. Barbosa
Objetivo: Destacar que não podemos compactuar com a apostasia, para que não venhamos a perecer em nossos pecados.
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje, estudaremos a respeito do desvio espiritual de Israel. O povo de Judá deu as costas para o Deus que graciosamente o escolheu. Inicialmente, trataremos sobre o antigo amor de Israel pelo Senhor. Em seguida, enfocaremos o desvio espiritual desse povo, e, ao final, as conseqüências do distanciamento do Senhor. Esperamos que essa lição sirva de despertamento para aqueles que se encontram em situação de perigo, distanciados dos caminhos do Senhor, mesmo que tenham algum vínculo religioso.
1. O AMOR ANTIGO DE ISRAEL
Judá esqueceu do seu primeiro amor e é questionado pelo Senhor: Que injustiça acharam vossos pais em mim? (Jr. 2.4,5). Em seguida, responsabiliza os sacerdotes, que se corromperam e não ensinaram a Torá ao povo; aos governantes, os quais, seguindo o caminho dos sacerdotes, também se corromperam, e os falsos profetas, que, ao invés de buscarem ao Senhor, se envolveram com Baal, o deus cananeu da fertilidade (Jr. 2.8). O Senhor compara seu relacionamento com Judá a de um esposo traído, já que, no princípio, Israel se voltou para Deus, mas, posteriormente, seguiu seu próprio caminho, tornando-se adúltera (Jr. 31.32; Is. 54.5; Os. 2.16). A nação rompeu o relacionamento antigo de amor entre Deus e Israel. Preferiu ir após ídolos estranhos, trocando o Manancial de Águas por cisternas rotas. Por analogia, para a igreja, Jesus é a água da vida, todos os que O recebem experimentam da fonte que jorra para a vida eterna (Jo. 4.10-14; Ap. 21.6). Lembramos que, na Palestina, a água é uma possessão de valor singular, por esse motivo, seria uma loucura tomar tal atitude. É uma pena que, nestes dias, algumas igrejas estejam fazendo o mesmo. Substituem o Manancial de Vida por Cisterna Rotas que para nada servem. A espiritualidade genuína está sendo trocada pelo mero tarefismo religioso; o poder do Espírito Santo está sendo usurpado por barganhas políticas; a vocação ministerial fora transformada em profissionalização eclesiástica; e a o pastorado cristão, fundamentado no amor, conduzido via técnicas insensíveis de administração empresarial.
2. O DESVIO ESPIRITUAL DE ISRAEL
Em Jr. 2.17 encontramos a causa dos desvios espirituais de Israel, pois a desobediência do povo tornou-se intencional, a nação optou pela idolatria, do mesmo modo, os cristãos, hoje, devem buscar a retidão, para não seguir o mesmo caminho, especialmente os obreiros (I Tm. 6.11; II Tm. 2.22). Ao invés de se voltar para o Senhor, o Manancial de Águas, Judá busca subterfúgios políticos, indo após o Egito (Jr. 2.18; Is. 30.15). O cristão, ao longo do trajeto, pode ser tentado a retornar ao mundo. Mas isso se constitui num perigo espiritual, que incorre em apostasia (Hb. 6.4-6). As alianças com as nações vizinhas, na tentativa de escapar do julgamento divino, que viria através dos babilônicos, somente agravaria a situação. Ao longo da história de Israel, quando o povo se aliou aos povos vizinhos, acabou perdendo sua identidade, e se distanciado do Senhor. Na história da cristandade aconteceu o mesmo, basta citar, como exemplo, a constatinização da igreja que, ao se romanizar, acatou práticas pagãs do império, desviando-se, assim, da Palavra de Deus. Nos tempos de Jeremias, o contato direto com os cananeus afetou diretamente a espiritualidade judaica. A adoração a Baal se tornou uma prática tão comum que os judeus assumiram o culto a essa divindade como se fosse algo normal (Jr. 2.20). Jeremias responsabiliza, mais uma vez, os sacerdotes, os governantes, os pastores e os profetas por serem coniventes com a religiosidade pagã, adotada pelo povo (Jr. 2.26,27).
3. A CONSEQUÊNCIA DO DESVIO ESPIRITUAL
Como conseqüência desse desvio espiritual, Jeremias pronunciou palavras de julgamento (Jr. 2.31). Isso porque ao invés de se arrependerem e confessarem seus pecados, as pessoas rejeitaram a mensagem profética (Jr. 5.3). O Senhor lembra a sua esposa quão ricamente Ele a havia abençoado, ainda que essa agisse com atitudes rebeldes (Jr. 2.29) e O esquecido (Jr. 2.32) e mentido para Ele, dizendo ser inocente (Jr. 2.33-35). Por causa da prosperidade econômica que a nação estava usufruindo, os judeus achavam que estavam sendo abençoados por Deus. Há hoje os que confundem prosperidade financeira com benção espiritual. Na verdade, o que mais acontece é justamente o contrário, pois quanto mais próspera costuma ser uma nação, mais materialista essa se torna. Com o acúmulo de bens, o ser humano apenas tenta preencher um vazio que somente pode ser satisfeito por Deus. A Teologia da Ganância – que alguns denominam de Teologia da Prosperidade – favorece, inclusive, uma espiritualização das riquezas. As conseqüências começam já a ser percebidas na igreja evangélica mundial. A vasta maioria das igrejas que acatou tal doutrina, ainda que sejam financeiramente prósperas, perderam a genuína espiritualidade. Transformaram seus cultos em parque de diversão e os púlpitos em palcos, substituíram a pregação da Palavra e a verdadeira adoração por tristemunhos de “artistas” e acrobacias “espetaculares”, em suma, trocaram o Manancial de Águas por Cisternas Rotas.
CONCLUSÃO
Mas ainda há tempo pra se voltar para Água da Vida (Jo. 4.10-14). Somente Jesus satisfaz completamente a existência humana e oferece liberdade plena (Jo. 8.32), principalmente do deus mamom, outrora denunciado por Jesus (Mt. 6.19-24) e por Paulo (I Tm. 6.3-10) perante o qual muitos têm se prostrado nestes dias. A mensagem do Senhor para a igreja de Éfeso se aplica às igrejas evangélicas que se desviaram dos caminhos do Senhor. Em algumas delas, a ostentação das riquezas para nada servem, senão para ocultar a falta de espiritualidade. Para essas, a Palavra do Senhor é: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres (Ap. 2.4,5).
BIBLIOGRAFIAHARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações. São Paulo: Vida Nova, 1980.LONGMAN III, T. Jeremiah & Lamentations. Peabody, Mass: Hendrickson, 2008.
Fonte: www.subsidioebd.blogspot.com
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por Altair Germano
O principal tema da 2ª Lição do 2º trimestre/2010 é a “apostasia”, muito bem definido na mesma. Nos deteremos em analisar algumas interessantes e verdadeiras colocações feitas sobre os efeitos da apostasia em nossas igrejas, com ênfase no segundo ponto da lição.
PLANO DE AULA
1. OBJETIVOS DA LIÇÃO
-Compreender alguma manifestações da apostasia em nossas igrejas.
2. CONTEÚDOTexto Bíblico: Jeremias 1.13
UM BRADO CONTRA A APOSTASIA
Como bem definida na Lição Bíblica como “abandono consciente e premeditado da fé”, a apostasia é percebida claramente em nossas igrejas, e para expor tal fato quero me valer de alguns comentários do próprio corpo da lição em seu segundo ponto:
- Falar em nome do Senhor
“Como temos pregado a Palavra de Deus? Em nosso nome? Ou no nome de Cristo Jesus? À semelhança de Paulo, estejamos preparados a fim de expor com ousadia e integridade todo o conselho de Deus (At 20.7).”
Há dois fatos que quero considerar. O primeiro é que a Palavra de Deus, longe de ser proclamada para a glória de Deus e na autoridade do nome de Jesus, tem sido pregada para a glória de muitos pregadores e ensinadores, e na autoridade deles mesmos, com o falacioso discurso da “autoridade de profeta” e “autoridade de ungido”, querendo impor medo e coagindo os ouvintes.
“Profetas” e “ungidos” quando trabalham, pregam ou ensinam em causa própria, há muito já se desviaram e perderam o direito de invocar a autoridade espiritual para legitimar suas ações e prédicas.
Autoridade espiritual não se sustenta em cargos ou títulos, mas em obedecer e em tudo honrar a Deus.
Em segundo lugar, o “Conselho de Deus” em vez de ser pregado com ousadia, tem sido pregado com técnicas de manipulação de auditório, além de levar em consideração a conveniência deste mesmo auditório ou de quem convida o pregador/ensinador/profeta.
Vou ser mais claro. Em “alguns” lugares e situações, quando certos líderes estão passando por “crises” no ministério, costumam convidar um pregador/ensinador/profeta para “meter” medo na igreja e nos obreiros locais com ameaças rídiculas e falsas de juízo divino. No final destes eventos, o nobre pregador mercenário sai feliz com o seu gordo cachê, e com a agenda certa para um próximo evento.
Em outras situações, também por conveniência, a mensagem é pregada para alegrar o auditório e satisfazer os “clientes”.
- Ser autêntico e não politicamente correto
“Este é o mal que atinge muitos pregadores: a síndrome do politicamente correto. Sacrificam a genuinidade do Evangelho no altar de interesses efêmeros e abomináveis.”
Esta sentença complementa o que já vimos no ítem anterior. Ser politicamente correto é adotar um discurso e postura que agrada a todos, sem se preocupar se isto vai ou não macular a genuinidade do Evangelho. É o discurso “certinho” e interesseiro.
“Assumamos nossa posição como homens de Deus. Preguemos corajosamente a sua Palavra, ainda que isto venha a custar-nos a própria vida.”
Jeremias, Elias, Isaias, João Batista, Pedro, João, Paulo e tantos outros personagens bíblicos e da história estavam dispostos a correr o risco de perder a própria vida pela causa do Senhor. Já nos dias de hoje, muitos profetas, ensinadores e pregadores temem perder cargos, privilégios, salários, espaço em tribunas, púlpitos e “órgão oficiais”, agendas, convites e etc. É uma verdadeira vergonha e real apostasia.
Tudo isso me faz lembras dos profetas assalariados e com lugar garantido na corte e na mesa do rei, que somente profetizavam o que o rei ou a rainha queriam ouvir (1 Rs 18.19; 22.5-28).
- Anunciar ao povo a tragédia que os rondava
“Temos falado a verdade à nossa geração?”
Muitas pregações na atualidade não falam mais em tragédias, derrotas, perdas, perseguições, aflições, dores, juízo divino, etc. A mensagem é “SÓ VITÓRIA”. Trata-se de um evangelho amputado, focado apenas no triunfalismo e na Teologia da Prosperidade, distorcendo a mensagem bíblica do verdadeiro triunfo da igreja e da plena prosperidade dos crentes.
A verdade só é falada em nossa geração, quando assim acontece, para os chamados “pequenos”. Para Jeremias o Senhor disse:
“Eis que hoje te ponho por cidade fortificada, por coluna de ferro e por muros de bronze, contra todo o país, contra os reis de Judá, contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes e contra o seu povo. Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar.” (Jr 1.18-19)
Que o Senhor nos livre da covardia e da apostasia!
3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
Faça um debate sobre a qualidade das mensagens e dos pregadores, ensinadores e profetas nos dias de hoje, e das implicações desta realidade no contexto geral da apostasia.
4. RECURSOS DIDÁTICOS
Quadro, mapa, cartolina, pincel ou giz, etc.
5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.- Conheça melhor o Antigo Testamento, VIDA.- Jeremias e Lamentações: introdução e comentário, MUNDO CRISTÃO.
Que o Senhor use poderosamente os professores/profetas para esta geração!
Fonte: http://www.altairgermano.com/
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